Zeca Baleiro critica estrutura do palco no FIG 2025 e recebe resposta do prefeito Sivaldo Albino

Foto: Divulgação/Redes Sociais

Durante apresentação no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) 2025, na noite do último sábado (12), o cantor e compositor Zeca Baleiro fez uma crítica bem-humorada à estrutura montada no Polo Mestre Dominguinhos, principal palco do evento. Em tom descontraído, o artista apontou que a passarela instalada entre o palco e o público criou uma distância que compromete a conexão com a plateia.

“Se a plateia estivesse aqui [na frente], o show seria mais quente. Está muito longe. Eu não olho no olho de ninguém, pô! Parece que vocês estão lá em Águas Belas”, brincou Baleiro, completando: “É só uma observação carinhosa, sem bronca”.

A observação repercutiu nas redes sociais e gerou resposta imediata do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB). Durante o show do rapper Hungria, que se apresentou logo depois, o gestor se pronunciou sem citar diretamente o nome de Zeca Baleiro, mas claramente em reação ao comentário.

“Teve artista que tocou aqui e estava reclamando da passarela. Artista que não consegue andar para ficar perto do público não deveria estar tocando”, afirmou o prefeito, arrancando aplausos de parte do público presente.

Albino justificou que a passarela foi projetada justamente para aumentar a interação com o público, permitindo que artistas avancem em direção aos fãs. A estrutura, no entanto, também delimita uma área VIP reservada a autoridades e convidados, o que tem gerado questionamentos quanto à inclusão do público geral nos grandes eventos promovidos pelo município.

A passarela segue o modelo de grandes eventos nacionais, como o São João de Caruaru, onde esse tipo de estrutura é comum. Ainda assim, o episódio reacende o debate sobre a humanização dos espaços culturais e a forma como as estruturas físicas influenciam a dinâmica entre artista e plateia.

Zeca Baleiro, conhecido por sua postura crítica e por valorizar a proximidade com o público, preferiu não estender a polêmica e seguiu com o show. Nas redes sociais, internautas dividiram opiniões, entre os que concordaram com o cantor e os que defenderam a logística adotada pela organização do FIG.

O episódio evidencia a necessidade de constante diálogo entre artistas, público e organizadores para garantir não apenas a qualidade técnica dos espetáculos, mas também a experiência sensível e afetiva que o ambiente artístico deve proporcionar.

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