Polícia Federal deflagra Operação "Venda Proibida" contra pornografia infantil na internet em Pernambuco

Foto: Divulgação

A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DELECIBER/PE), deflagrou nesta semana as operações "Venda Proibida 1" e "Venda Proibida 2", com o objetivo de combater redes de armazenamento, divulgação e comercialização de imagens e vídeos contendo abuso sexual infantil na internet.

As investigações tiveram início entre os anos de 2023 e 2024 e se concentram na identificação e responsabilização de envolvidos na disseminação desse tipo de conteúdo criminoso. Durante a ação, mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades do Recife e de Jaboatão dos Guararapes, ambas na Região Metropolitana da capital pernambucana.

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais federais apreenderam computadores, notebooks, celulares e mídias que serão submetidos à perícia técnica para análise detalhada. O objetivo é confirmar a presença de material de pornografia infantil e ampliar as investigações a partir dos dados encontrados.

Os suspeitos poderão ser responsabilizados por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê penas de 8 a 18 anos de reclusão para os crimes de armazenamento, divulgação e comercialização de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

Um episódio de destaque durante a operação ocorreu em uma das residências alvo dos mandados. Um dos suspeitos, ao perceber que os agentes haviam identificado conteúdos ilícitos em seus aparelhos, ingeriu uma substância desconhecida e passou mal. Ele foi socorrido com urgência e encaminhado ao Hospital da Restauração, no Recife, onde foi intubado e permaneceu sob escolta policial até a estabilização do seu quadro de saúde. Posteriormente, a Justiça concedeu liberdade provisória, sem a necessidade de acompanhamento policial contínuo.

A operação reafirma o compromisso da Polícia Federal no enfrentamento a crimes cibernéticos de alto impacto, sobretudo aqueles que atentam contra os direitos de crianças e adolescentes, e reforça a importância da atuação conjunta entre tecnologia, investigação especializada e aparato judicial no combate à exploração infantil.

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