Jorge Beltrão, Canibal de Garanhuns, vira pastor na prisão

Foto: Divulgação/Redes sociais

Jorge Beltrão Negromonte, condenado por liderar o trio conhecido como os “Canibais de Garanhuns”, voltou a ganhar destaque nacional após aparecer em um vídeo nas redes sociais se apresentando como pastor evangélico dentro de uma unidade prisional de Pernambuco.

No registro, Beltrão aparece com um violão nas costas, exaltado como uma “nova criatura em Cristo” durante um momento religioso. O vídeo, publicado pelo diácono Rodrigo Gracino, foi gravado na Penitenciária Professor Barreto Campelo, localizada na Ilha de Itamaracá, no Grande Recife, unidade que foi desativada neste ano.

Durante sua fala, Beltrão afirma ter passado por uma transformação espiritual:

“Quem está em Cristo Jesus, nova criatura é. As coisas velhas se passaram, e tudo se fez novo.”

Ele ainda relata ter recebido um chamado divino:

“Um dia, um missionário me disse que Deus tinha uma coisa para mim e que eu iria começar a trabalhar para Deus.”

Beltrão foi condenado junto com Isabel Cristina e Bruna Cristina, com quem mantinha relações conjugais, por assassinatos cometidos entre 2008 e 2012. As vítimas eram mulheres atraídas sob o pretexto de emprego ou ajuda social. Segundo as investigações, partes dos corpos foram utilizadas para consumo e preparo de empadas feitas com carne humana, vendidas em Garanhuns e cidades vizinhas.

Atualmente, Jorge Beltrão cumpre pena no Presídio Policial Penal Leonardo Lago, no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife. As duas mulheres também permanecem presas em unidades femininas do Estado.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária de Pernambuco (Seap) afirmou que todas as unidades prisionais oferecem assistência religiosa a pessoas privadas de liberdade, respeitando a liberdade de crença individual. A Seap ressaltou que representantes de diversos segmentos religiosos atuam nos presídios, contribuindo para o fortalecimento espiritual, emocional e social dos detentos.

O vídeo reacendeu o debate público sobre arrependimento, reintegração e os limites da ressocialização, especialmente em casos de alta repercussão como o dos “Canibais de Garanhuns”, que chocou o país e ganhou notoriedade internacional.

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