"Mataram minha filha. Não vai ter atendimento hoje para ninguém"; Pai destrói recepção de hospital em Jaboatão após filha nascer sem vida

Foto: Divulgação

Um protesto dramático marcou a manhã da quarta-feira (2) no Hospital Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Inconformado com a morte da filha recém-nascida, o pai Victor Petrick invadiu a recepção da unidade de saúde e quebrou portas, vidros, mesas e equipamentos, utilizando um capacete. A bebê, chamada Lara, nasceu sem vida após um processo de indução de parto.

A ação foi registrada em vídeo pelo próprio pai e divulgada nas redes sociais, como forma de protesto. Visivelmente abalado, Victor grita durante o vídeo: “Mataram minha filha. Não vai ter atendimento hoje para ninguém”. Segundo ele, a motivação do ato seria uma suposta negligência médica.

De acordo com o Hospital Guararapes, o homem destruiu diversos itens essenciais ao funcionamento da recepção, incluindo computadores, impressoras e divisórias de vidro. A instituição informou ainda que alguns funcionários foram feridos pelos estilhaços e receberam atendimento médico no local.

Cristina da Silva, sogra de Victor e avó da bebê, afirmou que mãe e filha estavam em boas condições antes da internação. “Minha filha estava normal. Antes de se internar, a médica examinou e estava tudo bem. Minha neta estava mexendo, tudo sob controle. Eu não tenho dúvidas de que foi negligência médica”, declarou.

A Polícia Militar foi acionada pela administração do hospital, mas o homem já havia deixado o local quando os policiais chegaram.

O Hospital Guararapes emitiu nota lamentando a perda da família, mas reforçou que “não compactua com atos de violência e agressão”. A instituição informou que os danos causados ao patrimônio serão investigados pelas autoridades competentes.

A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes também se pronunciou, afirmando estar à disposição da família para prestar apoio “conforme os protocolos vigentes e com base na escuta qualificada e humanizada”.

O caso segue sob apuração e deverá ser investigado tanto sob a ótica da possível responsabilidade médica quanto dos atos de depredação cometidos.

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