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| Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Garanhuns |
Segundo o historiador Eduardo Silva, a área concentra elementos fundamentais da história do município. “Quando pensamos a formação histórica de Garanhuns, lembramos da primeira cadeia, da antiga Câmara de Vereadores e da primeira matriz de Santo Antônio, que provavelmente tinha um cemitério aos fundos”, explicou em entrevista à imprensa.
Nos últimos anos, a Avenida Santo Antônio, onde ficam os monumentos, passou por obras de revitalização, incluindo a construção de praças, boxes comerciais e melhorias na pavimentação. Apesar das intervenções, o local segue sob atenção especial devido à possibilidade de abrigar patrimônios arqueológicos ainda não estudados.
A preocupação com a preservação desses bens levou o Ministério Público Federal (MPF) a expedir uma recomendação à Prefeitura de Garanhuns. O documento pede que o município regularize as obras junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e apresente um Plano de Manejo Arqueológico, a fim de garantir a proteção de qualquer vestígio descoberto em futuras escavações.
O secretário de Meio Ambiente, Neilton Cavalcante Falcão, afirmou que medidas preventivas já foram adotadas. “Contratamos um arqueólogo para acompanhar as escavações e nenhum vestígio arqueológico foi identificado”, destacou. Ele acrescentou que as recomendações do MPF serão formalizadas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Iphan, garantindo a conformidade legal das ações.
Para o historiador Eduardo Silva, a integração entre diferentes áreas do conhecimento é essencial para preservar a memória do município. “Ter arqueólogos, historiadores e geógrafos trabalhando em conjunto permite entender o passado sem comprometer as ações presentes. A história não é só o que aconteceu, mas também como interpretamos nosso presente”, ressaltou.
A prefeitura informou que está à disposição dos órgãos de controle e reafirmou o compromisso de conciliar o desenvolvimento urbano com a proteção do patrimônio histórico. O município tem 15 dias úteis para comunicar ao MPF as medidas que serão adotadas em resposta à recomendação.

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