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| Foto: Divulgação/Redes sociais |
O Programa Mundial de Alimentos (PMA), órgão da ONU, denunciou neste domingo (20) que militares israelenses abriram fogo contra uma multidão de palestinos famintos que se aproximavam de um comboio de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza.
De acordo com o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, mais de 70 pessoas foram mortas na ação. O incidente ocorreu enquanto civis tentavam acessar alimentos em meio à crescente crise humanitária na região.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) alegaram que dispararam tiros de advertência diante de uma "ameaça imediata", mas afirmaram estar apurando os relatos de vítimas. As IDF contestam o número de mortos divulgado pelas autoridades palestinas.
Em nota, o PMA condenou os ataques a comboios e operações de ajuda, destacando que os riscos para as equipes humanitárias vêm aumentando perigosamente. “Esse tipo de incidente deve parar imediatamente”, alertou a agência.
O órgão também chamou atenção para o agravamento da crise de fome em Gaza, descrevendo o cenário como de “desespero sem precedentes”. Segundo o PMA, quase um terço da população local não tem acesso a alimentos há dias. Há ainda cerca de 90 mil mulheres e crianças que necessitam urgentemente de tratamento contra desnutrição.
O episódio reacende o alerta internacional sobre a urgência de proteção aos civis e à atuação humanitária em meio ao prolongado conflito entre Israel e o Hamas.
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