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| Foto: Divuglação/Agência Brasil |
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o dia 24 de julho o interrogatório dos sete réus integrantes do chamado Núcleo 4 da suposta trama golpista que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), esse núcleo foi responsável pela disseminação de desinformação em larga escala, com foco em minar a credibilidade do processo eleitoral, questionar a legitimidade das urnas eletrônicas e atacar autoridades contrárias aos planos do grupo.
Assim como os demais núcleos investigados, os réus do grupo respondem por cinco crimes: organização criminosa, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Nesta quarta-feira (16), foram concluídas as audiências de testemunhas de defesa, realizadas por videoconferência e sem qualquer tipo de gravação, conforme determinação do ministro Moraes. Apenas jornalistas credenciados acompanharam os depoimentos, a partir da sala da Primeira Turma do STF.
Com a conclusão dessa etapa, os réus terão agora a oportunidade de apresentar suas versões dos fatos diretamente à Corte. Após os interrogatórios, Moraes poderá autorizar diligências complementares antes de declarar encerrada a fase de instrução. Em seguida, será aberto o prazo para as alegações finais, etapa que antecede o julgamento pelo colegiado da Primeira Turma, composto por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino.
Réus do Núcleo 4:
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Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército)
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Ângelo Martins Denicoli (major da reserva)
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Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente)
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Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel)
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Reginaldo Vieira de Abreu (coronel)
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Marcelo Araújo Bormevet (policial federal)
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Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal)

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