Na gravação, Giovana inicia uma transmissão ao vivo utilizando um filtro de orelhas de gata, quando Arthur começa a chorar ao fundo. Em tom aparentemente irônico, ela comenta: “Alguém quer pra passar uns quinze dias?”. Em seguida, sua fala se torna mais dura: “Eu sinto nojo quando ouço esse choro forçado, sinto nojo”, afirma antes de sair do enquadramento para ir até a criança.
No áudio, é possível ouvir Giovana dizendo que o menino iria dormir, enquanto oferece a ele um "pepê" (chupeta). O choro de Arthur se intensifica por alguns segundos, mas logo cessa. Em seguida, a mulher retorna sorrindo para a transmissão e, aparentemente despreocupada, canta um trecho de um funk do MC GP:
“Hoje cê vai dar pra ladrão...”
A repercussão do vídeo aumentou a pressão por investigações mais aprofundadas em torno do caso. Arthur foi levado ao hospital de Tabira com múltiplas lesões pelo corpo, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil identificou como principais suspeitos do crime Antônio Lopes Severo, conhecido como "Frajola", e Giselda da Silva Andrade, responsáveis pelos cuidados do menino.
Os dois foram presos em Carnaíba, porém, durante a transferência na viatura da Polícia Militar, Frajola foi retirado à força por moradores revoltados e linchado até a morte. Giselda permanece sob custódia.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, classificou o caso como uma "barbárie" e anunciou a abertura de um inquérito pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) para apurar as circunstâncias do assassinato da criança, o linchamento do suspeito e a conduta dos agentes envolvidos.
Enquanto as investigações avançam, o comportamento de Giovana Ramos continua gerando questionamentos e reações nas redes sociais.
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