Conduta do vereador que nasceu e cresceu nas bases do MTST o fez abrir mão do 'código de manada'.
Foto: |
Em Santa Cruz do Capibaribe não se fala em outra coisa a não ser no voto do vereador Joab do Oscarzão (PSD), que garantiu nesta feita o desempate e respectiva aprovação de um projeto de autoria do vereador oposicionista Helinho Aragão, do PTB – entenda como tudo aconteceu.
Já especula-se que, o projeto que visa a abertura de Unidades Básicas de Saúde (UBS) situadas em um raio de 5km da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) durante a noite, não deverá ser sancionado pelo prefeito Edson Vieira (PSDB), isso com base nas recentes declarações do secretário de Saúde, Breno Feitoza
Passado o momento de turbulência provocado pela polêmica votação onde os oposicionistas, como minoria, venceram, é hora de sentar e avaliar o voto do vereador Joab do Oscarzão, lançado ao cargo de parlamentar com a força do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
O voto de Joab foi, nada menos, do que uma prerrogativa para se manter em conformidade com o eleitorado que o concedeu o primeiro mandato. Ao votar contra o projeto, o político que já afirmou ser independente, compraria uma briga significativamente maior com a sua base. Desta forma, o impacto perante os seus aliados foi negativo, porém menor do que Joab estava disposto a enfrentar neste seu primeiro ano como vereador.
Avaliação
Verdades sejam ditas, Joab não é o vereador no qual o prefeito Edson Vieira pode contar para aprovação ou desaprovação de qualquer tipo de projeto. Hoje, Joab representa uma contrariedade no grupo de Situação maior até do que figuras como Júnior Gomes, do PSB, que adotou novas posturas ideológicas/partidárias, foi favorável ao projeto em questão, mas preferiu faltar a sessão para não votá-lo, expondo assim que prefere manter-se sob o imenso muro político que é construído hoje na 'Capital da Moda'.
Nesse mesmo parâmetro, Joab reconhece que não teve representativo apoio do prefeito Edson durante a campanha de 2016, e com isso precisa garantir que os apoios que teve, de fato, precisam ser mantidos, isso independente dos interesses da liderança do grupo político em que encontra-se.
Por Bruno Muniz