O homem tem livre-arbítrio?

2ª Coríntios 5.11-21. Romanos 5.12- 21.
Resumo

O presente estudo tem como objetivo apresentar o significado do pecado original, que por sua vez, traz a necessidade de um Redentor, ou seja, de um Salvador que substitua por meio da justiça Divina os pecados da raça humana. Como também compreendermos que a necessidade da regeneração no pecador, tem suas implicações no pecado original, para que assim possamos entender o significado da obra da redenção, ou seja, a salvação.

Introdução

Vamos aprender que o pecado original, termo utilizado para descrever o primeiro pecado no homem, foi permitido na natureza humana com um propósito; revelar a vontade de Deus, manifestada em sua justiça, em estabelecer em Cristo, por meio do Espírito Santo, uma nova realidade de vida desfrutada pelos eleitos na obra da redenção. Como também, aquele que é salvo e tem fé, antes de tudo foi regenerado. Chamamos a isso de obra da salvação. De fato, apenas o eleito pode, através dos méritos de Cristo, absolver os benefícios de sua salvação. Por isso para compreendermos a necessidade da regeneração no pecador, precisamos entender as implicações do pecador original, a fim de entender o significado da obra da redenção.

Pecado original

O que venha a ser pecado original? Ela é aquela desobediência exercida pelo primeiro homem, criado por Deus para a sua obediência, ao qual herdou a todos os seus semelhantes o gênero da culpa, tornando-os depravados, em relação à vontade, tanto em direção a Deus quanto a si mesmo. Essa inclinação ao mau, não pode ser visto amistosamente, pois a existência humana foi afetada a tal ponto que o domínio desta inclinação depravada, chamada pecado, tem influenciado toda a raça humana a miséria, ao qual o próprio homem jamais, pois um fim a essa existência. Em decorrência disso, o gênero humano foi limitado a obedecer aos impulsos de sua carne, corrompendo assim, a sua natureza perfeita.

Deixando a liberdade que antes havia recebido como aspecto de sua perfeição, recebendo em si toda a dificuldade de exercer obediência ao Criador. Essa liberdade antes chamada de ‘livre arbítrio’, foi transformada em depravação total, ou seja, sua antiga natureza perfeita agora havia tornado depravada e incapaz de alcançar perfeita obediência a Deus. Essa incapacidade é exercida pelo o homem quando o mesmo experimenta constantemente a desobediência a Lei do Senhor. Importante esclarecer que quando é tratado o termo ‘livre arbítrio’ temos que ter em mente uma liberdade espiritual manifestada no homem antes da existência do pecado.

Quando o termo é aplicado de forma correta, fica claro que a vontade humana após a queda de Adão foi atingida, primeiro espiritual e consequentemente moral, pois o homem é levado à tentação que o atrai e da à luz ao pecado, afinal ‘…cada um é tentado pela própria cobiça, quando esta o atrai e seduz… a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.’ (Tiago 1. 14,15). O homem após a queda não tem liberdade espiritual, pois ‘Ele nos deu vida, estando vós mortos em vossos delitos e pecados,’ (Efésios 2.1). O homem perdeu a originalidade da perfeição. Ele não tem noção de como era sua natureza antes da queda. A realidade do pecado fez com que o homem si distanciasse da realidade criada por Deus. Sua vontade é descrita como escrava do pecado.

Essa obediência ao mal trouxe consequências que são conhecidas por sua natureza depravada. O estado de depravação humana tem ressaltado sua vontade como algo totalmente inclinado ao pecado. A livre escolha não é mais livre e sim totalmente declinada e tendenciosa. De fato, a escolha, exercida pelo o primeiro homem, Adão, herdou o mau a todos os seres viventes. Por que todos os seres humanos foram incluídos nesse pecado? Porque todos estavam em aliança com Adão. Com isso todos nascem com a mesma natureza corrompida pelo pecado. Adão foi o primeiro homem a pecar e todos os outros foram filhos dessa herança, enfim, ‘… assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram’ (Romanos 5.12- 21). O termo ‘livre-agencia’ é o termo que podemos utilizar quando narramos que o homem por si só comporta de forma livre. Livre-arbítrio é uma volição espiritual, ou seja, uma escolha espiritual, por isso que o mesmo precisa ser regenerado para clamar por um Salvador.

E quando vemos ou absolvemos a liberdade humana, podemos descrevê-la de livre-agencia, ou seja, uma liberdade moral, comportamental. Por que afirmo isso? Porque o homem não tem outra opção a não ser pecar. Posso deixar de pecar? Uma pergunta agostiniana, que revela a impossibilidade da raça humana em relação ao pecado. Ou seja, o homem não pode deixar de pecar, sua natureza é cem por cento impura. Ele é depravado, e sua vontade está completamente entregue a vontade da carne, ou seja, da desobediência perante a Lei do Senhor. Em relação à dimensão do termo livre-arbítrio, o homem após o pecado perdeu esse direito, pelo o fato de sua desobediência em Adão. Por isso a precisão da salvação desta natureza perdida após o pecado.

Na próxima semana trataremos sobre a Obra da Redenção.

Por: Pr. Tiago Xavier

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