Após a alegria, veio o dilema
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| Foto: Divulgação |
Alunos da Escola Técnica Estadual José Nivaldo Pereira, em Santa Cruz do Capibaribe, haviam ganhado no início deste ano, o direito de participarem da 9ª Reunião Internacional de Teatro Sapperlot, em Brixen, na Itália. A turma foi selecionada entre 30 países concorrentes, um acontecimento histórico para educação e o teatro do município.
O evento Internacional é tido como um dos mais renomados do teatro mundial na atualidade. A oportunidade de participar do mesmo pode ser descrita como única, já que para os estudantes de Santa Cruz do Capibaribe, o espetáculo ''Memórias da Vida'' que os levou à ganharem entre tantos concorrentes, foi um acerto indiscutível. O espetáculo que tem direção do professor Ricardo Lima (Projeto Devorando Arte) mostra momentos vividos por todos os seres humanos, um reflexo do cotidiano atual composto por rotina, acontecimentos e fatalidades.
Nos últimos dias, os alunos iniciaram uma nova batalha da guerra pela confirmação de participação no evento, esta que deveria ser a mais fácil, porém não tem sido. A busca agora por recursos que possam-lhes proporcionar o direito de viajar até Brixen (Itália) se tornou uma árdua caminhada de idas e vindas. Nos dias 29 e 30 de janeiro, os envolvidos estiveram realizando apresentações no Teatro Municipal para levantar fundos, mas a quantia arrecadada não foi tão significativa quanto o esperado.
A ideia seria que o Poder Público e o empresariado do município ajudasse nas despesas com a viagem, mas como relata a estudante Bruna Beatriz, isso não aconteceu. E faltando menos de uma semana para confirmação perante os organizadores do evento, as esperanças começam a diminuir.
''Eu pessoalmente fui na Prefeitura mais de dez (10) vezes, e nada. Falei com a assessora de Edson Vieira (prefeito) e ela me mandou ir depois, e depois e voltar no outro dia e sempre a gente fica sem resposta. Na Câmara de Vereadores a mesma coisa, volta depois, depois e nada. Todos dizem a mesma coisa, que vão ver o que podem fazer. A gente está sem saída, vamos acabar perdendo essa grande oportunidade'', relata a estudante.
Ainda segundo Bruna, os empresários locais também não se dispuseram para ajuda-los diante deste impasse.
''Uma empresa das maiores daqui tinha mostrado interesse e quando a gente foi lá, eles disseram que não iam nos ajudar no momento, 'quem sabe mais pra frente', eles disseram. Se pelo menos vinte dessas empresas locais que tem condições dessem uma parte, já ajudaria, porque Santa Cruz do Capibaribe tem capacidade de nos ajudar'', concluiu.


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