Eleição 2016: ''Um olho no Padre e outro na Missa''

Fotos: Bruno Muniz (Arquivo)
2016 chegou e com ele o ano da disputa mais quente das Eleições. A disputa municipal é geralmente a mais acirrada e também a que mexe mais com os ânimos do eleitorado, também marcada por curiosidades. Vamos abordar um fato que poderá se tornar um marco nas eleições municipais desde ano, trata-se nada mais nada menos do político que fez história em Santa Cruz do Capibaribe, o Sr. José Augusto Maia (PROS). Zé consegue ser hoje o político mais querido e também o mais odiado, mas não podemos negar seus feitos e conquistas. 

Desde a redemocratização Zé marcou todas as eleições na “Capital das Confecções”. Vamos recordar: Já em 1988, Zé Augusto, em sua primeira disputa se elege o vereador mais votado da época. Em seguida, a vida política de Zé decolou de vez. Em 92 ajuda o grupo ''Cabecinha'' a derrubar a hegemonia ''boca preta'' e vence a eleição como vice de Aragãozinho. Como ainda não tinha a reeleição, Em 96 Zé se elege novamente  vereador e os bocas pretas retornam ao poder, novamente com Ernando Silvestre. Ainda com mandato de vereador, Zé participa de sua primeira disputa estadual, com o apoio de Miguel Arraes, disputando uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) nas eleições de 1998, provocando assim um racha e o fim do grupo cabecinha, com a saída de Edson Vieira (PSDB), que na época era o candidato do grupo.

Em 2000, já com a lei da reeleição aprovada, Ernando concorre e é derrotado justamente para o locutor José Augusto Maia. Já em 2004, Zé é o primeiro prefeito reeleito de Santa Cruz do Capibaribe e em 2008, elege seu sucessor, Toinho do Pará (PHS). Em 2010, beneficiado por sua coligação, Zé é eleito o primeiro Deputado Federal santa-cruzense, deixando sua marca em todas as eleições, desde que entrou para vida pública.

Em 2012, onde o natural seria Toinho disputar a reeleição, Zé ainda com mandato de deputado, não quis ser apenas um cabo eleitoral e brigou para ser o candidato, não deixando interromper esse ciclo de disputa. Zé acreditava que seria o único que poderia derrotar Edson Vieira (PSDB), mas por um erro político, teve que amargar sua primeira e trágica derrota.


Na última eleição (2014), já desgastado e também com dificuldades políticas, Zé Maia não tentou renovar seu mandato, pois sabia que dificilmente seria eleito e não quis carregar mais essa derrota. O político participou ativamente nas campanhas de Ricardo Teobaldo (PTB) e Toinho do Pará (PHS), conseguindo ainda mostrar força política em seu município. 

Após a eleição, Zé se achou fortalecido e até ensaiou indicar o nome do candidato a prefeito do grupo taboquinha em 2016. Porém, na prática vimos que mesmo com votos, Zé não é mais uma liderança única no grupo e teve que ceder, aceitando a candidatura do vereador Fernando Aragão.

Fizemos essa recapitulação para analisarmos que as atenções nas eleições desde ano não serão apenas para o então prefeito, Edson Vieira e seu principal concorrente, Fernando Aragão, mas, também serão voltadas para o ex-prefeito José Augusto Maia. Desta forma, um questionamento fica no ar. Será que Zé irá entrar com tudo na campanha de Fernando ou irá centrar todas suas forças para buscar bons resultados na campanha de um de seus filhos?

Essa interrogação nos leva a ficar de olho em Fernando e sua campanha, bem como de olho nos movimentos de José Augusto e dos Maias respectivamente. Contudo uma coisa é certa, à partir de outubro, deverá surgir um novo líder no grupo de Oposição, caso contrário, terão que dar espaço para um novo grupo.

Por: Marciel Aquino

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