O valor de um vereador suplente.

Vivemos em um município extremamente politizado, dividido em polos que semeiam a famosa ''politicagem'', a cultura de provocar o adversário é uma das praticas mais antigas que se tem conhecimento, porém, ninguém nem ao menos pensa em abandona-la.

Já experimentei viver em outras cidades, mas em poucas, pude presenciar o que acompanho diariamente aqui, Santa Cruz do Capibaribe é uma das cidades que mais respira política em todo o Agreste Pernambucano, e digo isso sem medo de errar.

Aqui se faz política de janeiro a janeiro, não importa qual seja a eleição, de disputas para prefeito, ou até mesmo para conselheiro tutelar, as divergências de partidarismo se multiplicam.

Recentemente temos acompanhado uma série de mudanças nos grupos locais, faltando dois anos para uma nova eleição para prefeito, e ocasionalmente para vereador. Esse é o momento em que muitos optam por mudar de lado, visando interesses futuros, é claro.

Existem aqueles que até levam em seus nomes, codinomes em referência ao partido que defendem, e quando mudam, levam-o consigo, ponto em questão a integridade moral do sujeito, mas, isso é política, o que fazer...

A questão é, qual o valor que tem, um suplente de vereador que resolve mudar de lado, tendo perdido as eleições quando ainda estava em outro partido? A resposta é simples, por alguns dias ele terá o valor de ser o motivo de usuais termos para o partido de onde veio. Explicar-me-ei.

Durante algum tempo, o partido que agora o aderiu, irá afrontar, a agora oposição (na ocasião), e é claro, tornar esse fato, como um motivo de grandes e humorizadas pautas. O tempo que isso dura é bem relativo, depende bastante da influência do tal suplente, se for muito, é claro irá durar bem mais, se não, será esquecido quando outro resolver fazer o mesmo percurso, ou como dizem os politiqueiros de plantão, ''pular''.

Sendo assim, o valor de um vereador suplente, vale a quantidade de votos que o mesmo teve, e daí por diante façam seus cálculos, e respectivamente tirem suas conclusões.




Por Bruno Muniz (Política).