Com a pressão da Sefaz, Toritama, Taquaritinga do Norte, Surubim e Caruaru também serão prejudicados
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| Imagem meramente ilustrativa - Foto: Divulgação |
Na última quinta-feira (19), vários ônibus e carretas que transportavam comerciantes e mercadorias do setor confeccionista foram parados e apreendidos por membros da Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (SEFAZ-PE), quando passavam pelo município de São Caetano, no Agreste.
Os populares 'sulanqueiros' voltavam de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama e região quando tiveram toda a mercadoria segurada pelos agentes, só ocorrendo a liberação em caso de pagamento de multas que, segundo a classe, ultrapassa em alguns casos os mais de R$ 150 mil.
Em entrevista alguns comerciantes alegam que estão sendo 'perseguidos' pelo órgão que faz parte do Governo Estadual, já que em outros estados como Fortaleza, fatos como este não acontecem com os grupos que injetam dinheiro e geram renda direta ao setor administrativo estadual.
Em uma recente entrevista, a presidente da Associação dos Guias de Turismo Comercial do Norte e Nordeste, Shill Souza, afirmou que caso a fiscalização continue os compradores optarão por não mais se deslocarem até o Polo de Confecções do Agreste, mais precisamente para Santa Cruz do Capibaribe, onde até a segunda ordem a próxima excussão já está comprometida.
| Fiscalização estaria ocorrendo em vários pontos, alegam sulanqueiros |
A principal alegação dos consumidores que fazem compras no Moda Center Santa Cruz é que vários comerciantes não emitem nota, fator que os impossibilitam de repassarem essas notas para a fiscalização, o que quase sempre resulta em mercadorias aprendidas e multas com valores exorbitantes.
Há algumas semanas atrás aconteceram algumas polêmicas envolvendo a fiscalização da Secretaria de Fazenda de Pernambuco (Sefaz) e a insatisfação dos comerciantes do setor têxtil. Em contrapartida o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) afirmou que teria dialogado com o Governo Estadual e solicitado que os sulanqueiros tivessem livre transição para o comércio interno, porém as abordagens não sessaram.
Em período de economia enfraquecida os comerciantes locais já começam a analisar as baixas que podem sofrer caso o medo dos compradores provenientes de outros estados se propague, pois caso ocorra, o impacto no mercado local seria catastrófico.
Em entrevista ao blog, o revendedor José Paulo dos Santos (36 anos - Conceição do Almeida/BA) lamentou o ocorrido.
''A gente está se deslocando de outro estado para 'deixar' dinheiro aqui e o próprio Governo quer tomar mais de nós, num tempo desses, de crise e aperto, não dá. Esses dias que estou esperando a fiscalização sair da minha rota que venho em veículo particular já gastei muito mais do que o previsto em despesas com alimentação e hotéis, se tivesse outra opção mais viável não viria'', comentou.


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