Policiais do Rio são investigados por furtar objetos durante operação no Complexo do Alemão

Foto: Divulgação/Redes Sociais

 Oito policiais militares do Rio de Janeiro estão sob investigação após serem flagrados por uma câmera corporal furtando objetos de uma residência durante uma operação no Complexo do Alemão. O caso ocorreu em janeiro deste ano, mas veio a público apenas recentemente.

De acordo com a denúncia, a ação tinha como objetivo conter o avanço da facção criminosa Comando Vermelho (CV) na comunidade. No entanto, as imagens captadas mostram os agentes se comportando de maneira irregular dentro do imóvel, sugerindo que o intuito não era a coleta de provas.

Nas gravações, os policiais aparecem experimentando roupas, usando perfumes, calçando sapatos e até consumindo um energético encontrado na geladeira. Em outro trecho, um dos envolvidos comenta que, se houvesse uma viatura no local, poderiam levar mais objetos.

“Pô, se tivesse com a viatura aqui [na residência], eu ‘levava’ essa JBL. A JBL que tá ali. Não dá na mochila. Só que no primeiro momento que eu achar um Playstation 5, eu vou jogar tudo fora. Senhores, eu tô precisando de um Playstation 5, tá?”, diz um dos agentes na filmagem.

Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que a investigação conduzida pela Corregedoria foi concluída e encaminhada ao Ministério Público. A corporação afirmou ainda que os policiais envolvidos foram afastados do policiamento de rua e atualmente exercem funções administrativas.

O comunicado reforça que “o comando da Polícia Militar não compactua nem tolera desvios de conduta, crimes ou abusos de autoridade por parte de seus integrantes, adotando medidas rigorosas quando os fatos são confirmados”.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) confirmou que o Inquérito Policial Militar (IPM) está sob análise da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar.

O caso reacende o debate sobre a necessidade de maior controle e responsabilização de agentes públicos, sobretudo em operações em áreas de vulnerabilidade social, onde denúncias de abusos são recorrentes.

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