Polícia Civil desarticula quadrilha que fez família refém e comeu churrasco durante assalto em Caruaru

 

Foto: Divulgação/G1

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta quinta-feira (9), a Operação Rastro de Fogo, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em roubos, extorsões, porte ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro. O grupo chegou a manter uma família refém e fazer churrasco e beber cerveja na casa das vítimas, em Caruaru.

De acordo com o delegado Rodrigo Passos, titular da 88ª Circunscrição de Caruaru, a quadrilha vinha sendo investigada desde março de 2023, quando os criminosos invadiram o sítio de um bombeiro militar para roubar sua arma de fogo. Durante o crime, nove pessoas foram mantidas reféns sob a mira de armas, enquanto celulares, veículos e outros pertences eram levados.

Eles estavam tão acostumados a praticar esse tipo de crime que chegaram a fazer um churrasco e tomar cerveja enquanto as vítimas eram mantidas reféns”, relatou o delegado.

As vítimas também foram obrigadas a realizar transferências via Pix, o que deixou rastros financeiros que auxiliaram a investigação após a quebra de sigilo bancário.

A operação cumpriu quatro mandados de prisão temporária e 14 de busca e apreensão domiciliar em oito cidades pernambucanas Caruaru, Pombos, São Caetano, Bezerros, Jaboatão dos Guararapes, Itamaracá, Itaquitinga e Recife, além de Alvorada do Sul (PR) e São Paulo (SP).

Durante as diligências, cinco pessoas foram presas, incluindo suspeitos de participação direta no assalto e outros apontados como responsáveis pelo suporte financeiro ao grupo. Uma arma de fogo foi apreendida, resultando em uma prisão em flagrante.

Segundo o delegado, os envolvidos possuem histórico criminal por roubos e homicídios, e o prejuízo causado às vítimas ultrapassa R$ 100 mil.

A Operação Rastro de Fogo foi coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia de Caruaru e contou com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Dintel), do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB/LD), do Comando de Operações e Recursos Especiais (Core/PCPE), da Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretaria de Administração Penitenciária (Giso/Seap-PE), além das Polícias Civis do Paraná e de São Paulo.

De acordo com a corporação, a ação integra a estratégia de repressão qualificada da Polícia Civil e foi a 63ª operação deflagrada em 2025. Os presos foram submetidos a audiência de custódia e, em seguida, encaminhados ao sistema prisional. As investigações continuam para identificar outros integrantes da quadrilha e rastrear o destino dos valores roubados.

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