![]() |
| Foto: Divulgação/Agência Brasil |
A modalidade foi lançada em caráter opcional em junho e agora se torna obrigatória. O funcionamento é simples: o cliente autoriza uma única vez o pagamento periódico a uma empresa ou prestador de serviço, e os débitos passam a ocorrer automaticamente na conta do pagador.
Segundo o Banco Central, o novo sistema deve beneficiar até 60 milhões de brasileiros que não possuem cartão de crédito, além de facilitar a cobrança para empresas e microempreendedores individuais (MEIs).
Atualmente, o débito automático tradicional exige convênios específicos com cada banco — o que limita o acesso a grandes companhias. Com o Pix Automático, qualquer empresa ou MEI poderá solicitar adesão ao banco em que mantém conta e oferecer o serviço aos clientes.
Como funciona o Pix Automático
-
A empresa envia um pedido de autorização ao cliente;
-
O usuário acessa o aplicativo do banco, lê e aceita os termos;
-
Define a periodicidade, o valor (fixo ou variável) e o limite máximo por transação;
-
A partir da data acordada, os débitos são feitos automaticamente — 24 horas por dia, todos os dias da semana;
-
O cliente pode cancelar, ajustar valores ou alterar a frequência a qualquer momento.
Contas e serviços que podem ser pagos com Pix Automático
-
Contas de consumo (água, luz, telefone);
-
Mensalidades escolares e de academias;
-
Assinaturas digitais (streaming, música, jornais);
-
Clubes de assinatura e serviços recorrentes.
O pagamento entre pessoas físicas, como mesadas ou salários de trabalhadores domésticos, continuará sendo feito via Pix agendado recorrente, serviço que os bancos oferecem desde outubro de 2024.
Segurança e prevenção a fraudes
Por envolver autorizações automáticas, o Pix Automático exigirá verificações rigorosas por parte dos bancos. Segundo o BC, apenas empresas com mais de seis meses de atividade poderão oferecer o serviço.
As instituições deverão checar:
-
Situação cadastral da empresa e de seus sócios;
-
Compatibilidade entre o serviço oferecido e a atividade econômica;
-
Histórico financeiro e frequência de transações;
-
Faturamento e tempo de relacionamento com o banco.
O Banco Central reforça que a medida busca aumentar a praticidade e a segurança nas transações digitais, promovendo mais eficiência no sistema financeiro nacional.

Postar um comentário
Comentários ofensivos, preconceituosos e descriminatórios podem ser removidos pelos nossos administradores.