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| Imagem Ilustrativa |
O Brasil alcançou em junho um novo recorde em sua dívida pública bruta, que chegou a R$ 9,4 trilhões, o equivalente a 76,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados, divulgados pelo Banco Central, evidenciam um cenário de crescente desequilíbrio fiscal, impulsionado, principalmente, pelo déficit da Previdência Social, que somou R$ 44,3 bilhões apenas no mês.
A dívida líquida, que considera os ativos do governo, também apresentou elevação, alcançando 62,9% do PIB, o maior patamar já registrado desde o início da série histórica.
O relatório do mês revela que, apesar de uma arrecadação de R$ 169 bilhões, o governo federal executou despesas no total de R$ 213,3 bilhões, ampliando o desequilíbrio entre receitas e gastos. Esse descompasso é considerado um dos principais fatores que pressionam o endividamento do Estado.
Especialistas apontam a dívida pública como um dos indicadores mais relevantes da saúde fiscal de um país. Em perspectiva comparativa, o Brasil destinou 6,3% do PIB ao pagamento de juros da dívida, superando os 4,2% direcionados à educação no mesmo período, o que tem gerado críticas sobre a priorização dos recursos públicos.
Paralelamente a esse cenário, a economia brasileira apresenta sinais mistos: enquanto o país celebra a menor taxa de desemprego da história recente, de 5,8%, ainda convive com o alto número de brasileiros inadimplentes, que chega a quase 78 milhões de pessoas, segundo dados de entidades de proteção ao crédito.
O desafio fiscal brasileiro, portanto, permanece no centro do debate econômico, exigindo medidas estruturais para conter o crescimento da dívida sem comprometer áreas essenciais como educação, saúde e investimentos públicos.

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