Eduardo Bolsonaro reage à taxação de Trump e cobra anistia para o pai

Foto: Divulgação/Redes Sociais

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu, nesta quarta-feira (9), ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 50% aos produtos importados do Brasil. Em publicação nas redes sociais, Eduardo classificou a medida como "tarifa-Moraes", em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e usou o episódio para cobrar do Congresso Nacional a aprovação de uma anistia para seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Atualmente vivendo nos Estados Unidos, Eduardo afirmou que atua no país para impor sanções ao STF em decorrência das investigações envolvendo Bolsonaro. Em uma nota intitulada “Uma hora a conta chega”, publicada em conjunto com o comunicador Paulo Figueiredo, o parlamentar alegou que o Brasil estaria sendo prejudicado internacionalmente em razão do que considera ser uma escalada autoritária interna.

“Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade de expressão, especialmente online, e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder. Sem essas medidas urgentes, a situação tende a se agravar, especialmente para certos indivíduos e seus sustentadores”, diz o texto. “Restam três semanas para evitar um desastre.”

Apesar de vincular a tarifação às disputas políticas brasileiras, Eduardo ignorou que a decisão de sobretaxar os produtos nacionais partiu do próprio governo americano. Segundo a carta oficial divulgada por Trump, as tarifas passarão a valer a partir de 1º de agosto e atingem produtos de vários países, sendo o Brasil o mais afetado até o momento, com a maior alíquota anunciada.

A iniciativa do republicano ocorre em meio a críticas do Brics ao protecionismo comercial global, ressaltadas em declaração conjunta durante a cúpula do grupo, realizada no Rio de Janeiro. O Brasil, membro do bloco, tem reforçado seu apoio a um sistema multilateral de comércio baseado em regras.

Enquanto isso, no Brasil, a declaração de Eduardo Bolsonaro reacende o debate sobre a proposta de anistia a Jair Bolsonaro, discutida por setores da base conservadora no Congresso. A fala também aumenta a pressão sobre o Legislativo, num contexto político já marcado por tensões entre os Poderes.

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