Após sobretaxa dos EUA, governo brasileiro busca novos mercados para exportações do agronegócio

Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que irá intensificar a busca por novos mercados internacionais para minimizar os impactos da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A medida, que passa a valer a partir de 1º de agosto, foi comunicada por meio de carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira (9).

Em pronunciamento nas redes sociais, o ministro Carlos Fávaro classificou a ação norte-americana como "indecente" e ressaltou que o governo federal já está adotando medidas proativas. “Vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras”, afirmou.

De acordo com o ministro, ações diplomáticas já estão em curso e entidades representativas dos setores mais atingidos, como os de suco de laranja, carne bovina e café, foram acionadas para discutir estratégias de compensação e redirecionamento das exportações.

“Nos dois anos e meio do governo do presidente Lula, temos trabalhado para ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais e dar oportunidade de crescimento para a agropecuária brasileira. Vamos intensificar esse esforço agora”, acrescentou Fávaro.

Atualmente, produtos como açúcar, café, carne bovina e suco de laranja figuram entre os principais itens da pauta de exportações brasileiras para os EUA. Com a elevação da tarifa, especialistas apontam que poderá haver uma queda nos preços internos, especialmente de commodities agrícolas que perderão competitividade no mercado norte-americano.

O governo brasileiro também estuda medidas diplomáticas em reciprocidade, enquanto intensifica o diálogo com outras nações para manter aquecida a balança comercial do agronegócio nacional.

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