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Foto: Divulgação/Agência Brasil |
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o próximo dia 9 de junho, às 14h, o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus no processo que apura a suposta tentativa de golpe de Estado. A oitiva será realizada de forma presencial, na sala de julgamentos da Primeira Turma da Corte.
A primeira oitiva será a do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no inquérito. Em seguida, Jair Bolsonaro e os demais réus serão interrogados em ordem alfabética.
A definição da data ocorre após a conclusão, nesta segunda-feira (2), da fase de oitivas das testemunhas de acusação e defesa. Ao todo, foram ouvidas 52 pessoas entre os dias 19 de maio e 2 de junho, conforme previsto na instrução processual.
O processo investiga crimes relacionados à tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Os oito réus, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), integram o chamado "núcleo 1" ou "núcleo central" da suposta trama golpista. Eles foram denunciados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado com violência, grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
A denúncia foi aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. Os réus são:
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Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
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Walter Braga Netto, general de Exército e ex-ministro da Defesa;
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Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
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Alexandre Ramagem, delegado e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
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Anderson Torres, delegado e ex-ministro da Justiça;
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Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha;
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Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
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Mauro Cid, tenente-coronel e delator.
A expectativa é que o julgamento ocorra ainda este ano. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
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