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Imagem Ilustrativa |
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (30), a aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de junho, o que implicará cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pelos usuários.
A decisão foi motivada pela redução das afluências nas hidrelétricas, ou seja, pela diminuição da entrada de água nos reservatórios, o que compromete a geração de energia por meio das fontes mais baratas. Diante desse cenário, aumenta a necessidade de acionamento das usinas termelétricas, que possuem custos operacionais significativamente mais elevados.
De acordo com a Aneel, desde fevereiro vem sendo observada uma piora nas expectativas de chuvas, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por cerca de 70% da capacidade de armazenamento hídrico do país. Estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam que os níveis dos reservatórios, que estavam em 69% no mês de abril, podem cair para 55% até outubro, acendendo o alerta para a segurança energética nacional.
O engenheiro elétrico Lucas Paiva, sócio-fundador da empresa Lead Energy, destaca que o comportamento climático do outono e do inverno, com precipitações abaixo da média histórica, contribui para o agravamento do risco hidrológico (GSF), pressionando os custos do setor elétrico.
Desde dezembro de 2023, o país operava com a bandeira verde, o que significava ausência de cobrança adicional na conta de luz. Contudo, em maio, a Aneel já havia acionado a bandeira amarela, sinalizando uma mudança gradual no cenário de geração energética.
Com a entrada em vigor da bandeira vermelha, os consumidores devem redobrar a atenção ao consumo de energia elétrica, uma vez que o custo da fatura mensal será impactado. A arrecadação extra será destinada à cobertura dos custos adicionais de geração, conforme previsto no sistema de bandeiras tarifárias.
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