Brasil registra menor taxa de desemprego para março desde 2012

Imagem Ilustrativa

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7% no primeiro trimestre de 2025, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da alta de 0,8 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024 (6,2%), o índice representa uma queda de 0,9 p.p. na comparação anual (7,9%) e é a menor taxa para trimestres encerrados em março desde o início da série histórica, em 2012.

O número de pessoas desempregadas chegou a 7,7 milhões, um aumento de 13,1% (mais 891 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior. No entanto, houve uma redução de 10,5% (menos 909 mil pessoas) em comparação ao mesmo período do ano passado.

A população ocupada totalizou 102,5 milhões, com queda trimestral de 1,3% (menos 1,3 milhão de trabalhadores), mas com crescimento de 2,3% no ano (mais 2,3 milhões). O nível de ocupação no país, que corresponde à proporção de pessoas empregadas entre aquelas em idade de trabalhar, ficou em 57,8%.

Indicadores do mercado de trabalho:
  • População fora da força de trabalho: 67 milhões

  • População desalentada: 3,2 milhões

  • Trabalhadores com carteira assinada: 39,4 milhões

  • Trabalhadores sem carteira assinada: 13,4 milhões

  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões

  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões

  • Trabalhadores informais: 38,9 milhões

  • Taxa de informalidade: 38%

A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, atribui a elevação da taxa de desemprego ao comportamento sazonal do mercado de trabalho. “É comum que, no início do ano, haja maior número de demissões, especialmente de contratos temporários vinculados ao período natalino”, explicou. Ainda assim, ela destaca que a taxa de 7% sinaliza um mercado ainda aquecido.

O rendimento médio real do trabalhador brasileiro alcançou R$ 3.410, o maior valor da série histórica. Houve crescimento de 1,2% no trimestre e 4% no ano. Já a massa de rendimentos (soma dos salários de todos os ocupados) ficou em R$ 345 bilhões, estável no trimestre e 6,6% maior do que em 2024.

O número de trabalhadores no setor privado com e sem carteira assinada chegou a 53,1 milhões, com crescimento de 3% no ano. O total de empregados com carteira assinada se manteve estável no trimestre, mas teve alta de 3,9% no ano, somando 39,4 milhões de pessoas. Já os sem carteira assinada totalizam 13,5 milhões, com queda trimestral de 5,3%, porém estabilidade em relação ao mesmo período de 2024.

Os dados confirmam a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho brasileiro, apesar das oscilações sazonais e da persistente informalidade.

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