Trump critica ataque russo a Kiev e cobra cessar-fogo: "Vladimir, PARE!"

Foto: Divulgação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou publicamente nesta quinta-feira (24) o bombardeio russo à cidade de Kiev, na Ucrânia. Segundo o governo ucraniano, este foi um dos ataques mais violentos à capital desde o início da guerra, resultando em pelo menos nove mortes e mais de 60 feridos, incluindo crianças.

Em publicação nas redes sociais, Trump classificou o ataque como "desnecessário" e afirmou que ocorre em um "momento ruim", uma vez que há negociações em curso mediadas pelos Estados Unidos para um possível cessar-fogo. O presidente norte-americano fez um apelo direto ao presidente russo, Vladimir Putin:
"Vladimir, PARE! 5.000 soldados estão morrendo por semana. Vamos fechar o acordo de paz!", escreveu.

Desde o início de seu segundo mandato, em janeiro deste ano, Trump vinha adotando uma postura mais conciliadora com o governo russo, inclusive conduzindo diálogos bilaterais com Moscou sem a participação formal de representantes ucranianos.

O ataque ocorreu durante a madrugada e envolveu mísseis e drones, que atingiram ao menos quatro bairros de Kiev, segundo Tymur Tkachenko, chefe da administração militar da cidade. O Serviço Estadual de Emergência da Ucrânia informou que 42 pessoas foram hospitalizadas e que equipes ainda trabalham na remoção de escombros.

Uma fonte militar local, citada pela agência Reuters, afirmou que um dos mísseis utilizados seria de origem norte-coreana, do modelo KN-23. Diversos incêndios foram registrados em edifícios residenciais, agravando o número de vítimas e danos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou duramente o ataque, chamando-o de "um dos mais absurdos" da guerra. Ele também acusou a Rússia de violar o cessar-fogo aéreo acordado em março no Mar Negro com os Estados Unidos. Zelensky anunciou o encurtamento de sua visita oficial à África do Sul para retornar à Ucrânia.

Do lado russo, o Kremlin afirmou que o cessar-fogo já expirou e que continuará com sua "operação militar para atingir alvos militares e adjacentes". Mesmo assim, o governo russo declarou que segue dialogando com os EUA em busca de um acordo de paz.

Entre os relatos de civis afetados está o de Oksana Bilozir, estudante ferida na cabeça, que relatou as explosões que destruíram parte de sua casa após o alarme antiaéreo soar.
"É muito assustador. Eu só acredito que se pudermos detê-los no campo de batalha, então é isso. Nenhuma diplomacia funciona aqui", desabafou.

Outra moradora, Anastasiia Zhuravlova, de 33 anos, buscou abrigo em um porão com seus dois filhos após o impacto das explosões destruírem janelas e lançarem objetos pela casa:
"Depois disso, viemos para o abrigo porque estava assustador e perigoso em casa", contou.

A escalada da violência reacende os alertas internacionais sobre a necessidade urgente de uma solução diplomática para o conflito. Enquanto os Estados Unidos insistem em conduzir negociações, a continuidade dos ataques ameaça a estabilidade da região e o avanço das tratativas de paz.

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