Psicólogo é preso em Arcoverde sob suspeita de abusos sexuais contra mulheres

Foto: Divulgação/Redes Sociais

Fortes relatos de mulheres denunciaram um psicólogo de 28 anos, suspeito de utilizar a profissão para cometer abusos sexuais e assédios contra, pelo menos, cinco vítimas, na cidade de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Uma das denunciantes afirmou que sofreu os abusos por dois anos.

O investigado, identificado como Higor Vicente Tenório Ribeiro, foi preso no último domingo (23) após o cumprimento de um mandado de prisão preventiva. Contra ele, já há cinco denúncias formais, incluindo acusações de assédio sexual e estupro mediante fraude.

Segundo os depoimentos registrados, Higor se apresentava como psicanalista e utilizava cartas de tarô como supostas ferramentas para ler o futuro das pacientes. Durante as sessões, ele convencia as vítimas de que sua melhora psicológica dependeria de relações sexuais, às quais ele chamava de "sexo divino".

Os relatos das vítimas revelam práticas abusivas e um esquema de manipulação psicológica. Uma das mulheres afirmou que, durante o período em que esteve sob controle do suspeito, foi forçada a realizar tarefas domésticas, como limpar a casa, lavar roupas e cozinhar para ele, em troca dos supostos benefícios espirituais do "sexo divino". Ela também denunciou que foi drogada e embriagada antes de ser abusada.

Outro depoimento aponta que o psicólogo impunha punições físicas severas às vítimas, incluindo violência sexual, agressões e torturas. Uma das mulheres relatou que, em determinado momento, o agressor teria passado mais de quatro horas desferindo socos contra sua costela, deixando hematomas severos.

Além disso, há indícios de que ele utilizava perfis falsos na internet para se passar por um guru e induzia as mulheres a se submeterem às suas vontades, sob a alegação de que isso seria necessário para "purificação".

Diante das denúncias, Higor Tenório foi exonerado do cargo que ocupava no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Odena Tenório de Almeida, no município de Buíque. Em nota, a Secretaria de Saúde do Município afirmou repudiar qualquer tipo de violência contra mulheres e garantiu que o psicólogo não realizava atendimentos individuais, mas atuava no setor administrativo e em atividades coletivas.

A Polícia Civil segue investigando o caso e orienta que possíveis outras vítimas denunciem os crimes para que sejam adotadas as medidas cabíveis.

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