Tadalafila ganha popularidade entre frequentadores de academias. Especialistas alertam para riscos

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O medicamento tadalafila, tradicionalmente prescrito para o tratamento da disfunção erétil, tem ganhado espaço entre praticantes de atividades físicas em academias no Brasil. Embora seu uso principal esteja relacionado à saúde sexual masculina, alguns usuários têm recorrido ao fármaco com o objetivo não comprovado de potencializar o crescimento muscular.

A ação da tadalafila ocorre pela inibição de uma molécula que dificulta a ereção, promovendo o relaxamento dos músculos e vasos sanguíneos para melhorar o fluxo sanguíneo. Essa propriedade levou à crença de que o medicamento poderia beneficiar o desempenho físico ao aumentar a irrigação sanguínea nos músculos durante os treinos.

A teoria por trás desse uso alternativo sugere que o relaxamento do endotélio, a camada interna das artérias, facilitaria o transporte de sangue para os músculos, resultando em um suposto crescimento muscular. No entanto, não há evidências científicas que comprovem essa relação.

Especialistas alertam que, embora a tadalafila seja considerada relativamente segura quando utilizada conforme prescrição médica, seu uso indiscriminado pode gerar efeitos colaterais indesejados. Entre os possíveis riscos estão dores musculares, quedas de pressão arterial e até mesmo eventos cardiovasculares graves, como infartos.

Médicos reforçam a importância de buscar orientação profissional antes de fazer uso de qualquer substância para fins não indicados em bula, especialmente no contexto esportivo, onde os benefícios e riscos precisam ser cuidadosamente avaliados.