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Foto: Divulgação |
A paciente foi mordida na mão esquerda no dia 28 de novembro de 2024 e procurou atendimento médico, onde foi orientada a seguir um tratamento profilático com soro e quatro doses do imunizante contra a raiva. No entanto, a mulher não deu continuidade ao protocolo indicado. Cerca de 30 dias depois, os sintomas começaram a se manifestar de forma leve, mas o quadro se agravou rapidamente, levando à sua internação no Huoc no dia 31 de dezembro.
Os médicos confirmaram que a evolução fatal da doença foi causada pela ausência de profilaxia no momento oportuno. O hospital emitiu uma nota lamentando a perda: “Expressamos as mais sinceras condolências e desejamos, ainda, conforto, paz e muita força para a família”.
O que é raiva humana?
A raiva humana é uma doença viral causada pelo gênero Lyssavirus, transmitida principalmente pela saliva e secreções de mamíferos infectados, como cães, gatos, morcegos, macacos e outros. Os sintomas podem surgir entre dois e dez dias após o período de incubação e, sem tratamento precoce, a taxa de letalidade é considerada próxima de 100%.
Apesar disso, há registros de sobreviventes. Em 2009, um adolescente pernambucano de 16 anos sobreviveu à doença após ser mordido por um morcego e tratado no Huoc.
Dados nacionais:
Entre 2010 e 2024, o Ministério da Saúde registrou 48 casos de raiva humana no Brasil, sendo:
- 24 causados por morcegos;
- 9 por mordidas de cães;
- 6 por primatas;
- 4 por felinos;
- 2 por raposas;
- 1 por bovino.
Prevenção e profilaxia:
Em caso de agressão por animais silvestres ou suspeitos, é essencial buscar assistência médica imediata. Os profissionais avaliam a necessidade de aplicar o soro e as doses da vacina contra a raiva, que são cruciais para evitar o desenvolvimento da doença.