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A alteração, segundo o Ministério da Saúde, não representa a inclusão de uma nova dose, mas sim a implementação de um novo esquema vacinal. Essa decisão foi baseada em evidências científicas e segue recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização. O objetivo é reduzir o risco de casos derivados da vacina oral poliomielite (VOP), que utiliza o vírus enfraquecido e pode, em condições sanitárias inadequadas, causar a doença.
Por que a mudança?
O Ministério da Saúde esclarece que a vacina inativada poliomielite (VIP), aplicada de forma injetável, é mais segura e eficaz. Desde 2023, a VIP passou a ser utilizada também no reforço aos 15 meses, substituindo a dose oral que era tradicionalmente aplicada nessa fase. Além disso, foi descontinuada a segunda dose de reforço, que antes era administrada aos 4 anos de idade, uma vez que o esquema vacinal completo com quatro doses já é suficiente para garantir proteção contra a doença.
A decisão também levou em conta critérios epidemiológicos e as taxas de cobertura vacinal. Apesar de o Brasil não registrar casos de poliomielite desde 1989, a queda nas taxas de imunização tem preocupado especialistas. Em 2022, por exemplo, a cobertura vacinal foi de apenas 77,19%, muito abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Importância da vacinação:
O PNI destaca que a vacinação é essencial para prevenir surtos e garantir a erradicação da poliomielite. A VOP ainda poderá ser utilizada em casos específicos para controle de surtos, mas o foco do programa será na utilização da VIP como estratégia principal de imunização de rotina.
Calendário vacinal ampliado:
O Brasil possui um dos calendários de vacinação mais abrangentes do mundo, com 19 vacinas disponíveis gratuitamente na rede pública para diferentes fases da vida. Além da poliomielite, o programa oferece proteção contra doenças como sarampo, rubéola, tétano e coqueluche.
A adesão às campanhas de vacinação é fundamental para manter altos índices de cobertura e evitar o retorno de doenças imunopreveníveis.