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Nem frio nem quente: Classe política de Stª Cruz do Capibaribe em sua maioria tem evitado posições políticas sobre cenário nacional

Medo de desagradar eleitorado tem feito nomes da política local permanecerem em cima do muro e priorizarem o silêncio

O país vive um momento de indiscutível polarização no âmbito político e cada vez mais os ânimos se acirram visando o processo eleitoral do próximo ano. Ao passo em que a política nacional chegou, praticamente todos os brasileiros possuem um ponto de vista formado sobre o que está acontecendo, seja para o bem ou para o mal de algumas figuras políticas.

No cenário atual, muitos usuários das redes sociais já se viram na quase aparente obrigação de se posicionarem em suas redes sociais expondo suas escolhas e opinando sobre como enxergam o momento do país e dos poderes. Diante disso, surge então uma pergunta: como estão se posicionando os políticos de cada cidade acerca do cenário político do Brasil?

Trazendo para a realidade de Santa Cruz do Capibaribe, cidade com mais de 110 mil habitantes situada no Agreste de Pernambuco, o silêncio ensurdecedor da classe política local tem incomodado apoiadores e principalmente, os eleitores. Não é necessário pesquisar muito para se descobrir que não há contundência por parte dos principais nomes da política santa-cruzense quando o assunto é se posicionar sobre os acontecimentos da política nacional.

Não existe uma ditadura de posicionamento, mas, quem não quer ser obrigado a ter posições claras sobre determinados temas não deveria ingressar na vida pública. Estar na vida pública é ter, acima de qualquer coisa, um comportamento claro de manutenção da ordem e do bem-estar para com a população. E nesse contexto, não deixar espaços para dúvidas é, primordialmente, um ato de respeito para com o povo.

Para muitos cidadãos eleitores, saber em que os seus representantes se sustentam neste momento é fundamental para que se direcione as prerrogativas necessárias para o que se verá à seguir. Dos principais nomes atuantes na político, ao que aparenta apenas o deputado Diogo Moraes (PSB) tem se arriscado a expor o que acredita, embora ainda assim haja contradições em muitas de suas colocações. Nomes como Alessandra Vieira (PSDB), Allan Carneiro (PSD), Edson Vieira (PSDB), Dida de Nan (PSDB), Fábio Aragão (PP) e tantos outros que foram amplamente votados nas últimas eleições precisam abrir mão do lado mais confortável do muro, que é o de cima.

Existe hoje em jogo algo que vai muito além dos simples apoios e projeções para as próximas eleições. A classe política local precisa vencer o temor de desagradar parcelas do eleitorado já que, se mantendo no campo dos ‘isentões’ não estão agradando os dois ou mais lados, mas os desagradando por não tratarem claramente aquilo que defendem, os que defendem e os que combatem.

Por Bruno Muniz

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