Há muitos anos o Brasil vem sendo notícia por avanços sociais deixados pelos governos petistas, mas também pelas avalanches de escândalos de corrupção. Lembrando que esses esquemas não nasceram nos governos Lula e Dilma (PT), mas já vinham de outros governos anteriores. A diferença é que no governo Lula foi dado certa liberação para as investigações e Dilma ampliou. E foi essa liberação um dos fatos políticos que motivaram o impeachment de Dilma. Não defendendo os erros da presidente, mas a sua saída foi sem dúvidas um grande golpe a democracia a ao combate a corrupção. Após a saída de Lula e de sua sucessora do poder, o povo brasileiro ficou órfão de governantes.
O PSDB já mostrou que não tem condições de governar. O PMDB é mais uma facção de que um partido político e não existe nenhum nome que possa ver a concorrer à presidência. Com esse vácuo o povo está à procura de um nome. Embalados pelas ações na Operação Lava Jato, o nome do Juiz Sérgio Moro surgiu como uma opção, porém com indícios de perseguição ao ex-presidente Lula e ao PT, sua credibilidade diminuiu. A mudança de siglas e a falta de um posicionamento firme perante aos temas polêmicos, fez com que a ex-senadora Marina Silva (REDE), não passasse confiança para assumir uma posição firme perante a opinião pública.
Tem também o deputado Jair Bolsonaro (PSC), que devido a suas posições polêmicas e radicais, vem ganhando simpatizantes por parte de alguns brasileiros, mas dificilmente encontrará apoios políticos capazes de levá-lo ao Planalto. Essa abordagem sobre a saída do PT do comando do país e diante de quatro derrotas sucessivas da direita, chegando ao governo do PMDB que tem como principal apoio o PSDB de Serra, Alckmin e Aécio Neves, ambos derrotados por Lula e Dilma. Vemos essa tomada de poder uma grande ação política e com teor criminoso, passando pelo executivo (vice), Legislativo e também do Judiciário.
Perdemos a confiança em um partido que por muito tempo representou a ética, o combate à corrupção e a pobreza. Pelas posturas de nossos deputados e senadores que não tinham justificativas para darem seus votos a favor do impeachment, fizeram da Câmara um circo. O único fator positivo nessa podridão toda era justamente as prisões dos envolvidos na Operação Lava Jato. Mas como eram esperado, com a mudança de governo a tendência era essa importante operação, que trouxe aos conhecimentos dos brasileiros, uma pequena amostra da corrupção no Brasil, fosse atropelada pela permanência do poder.
Pois bem, isso tudo para nos situarmos o que significa a marte de Teori Zavascki (Ministro do STF e relator da Lava Jato), ocorrido no dia 19 de janeiro de 2017, em um acidente de avião. Na prática, foi eliminado um ministro indicado por Dilma e entrará um indicado por Michel Temer. Em um momento decisivo para a permanência e Temer na presidência. Sobre a indicação do novo ministro vejam o que acham os principais nomes do PMDB: peemedebistas como Renan e o senador Romero Jucá disseram que o presidente precisa de um nome, no STF, que conheça bem o universo político e que não tenha “aversão a ele”.
Ou seja, querem uma pessoa que esteja por dentro dos esquemas políticos, para assim votar de acordo com as necessidades do executivo. Então perguntamos: Cadê o povo que foi às ruas pedir a saída de Dilma? O que mudou com a chegada de Temer? Acabou a esperança ou essa luta era apenas para tirar o PT do poder?
Por Marciel Aquino


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