Pastoral Carcerária rebate afirmações do Comandante do 24° BPM

Marivaldo Andrade criticou falas do comandante sobre a unidade prisional de Santa Cruz do Capibaribe e o distrito de São Domingos
Foto: TV Jornal (Divulgação)
O coordenador da Pastoral Carcerária do Presídio de Santa Cruz do Capibaribe, Marivaldo Andrade procurou a nossa reportagem para rebater algumas afirmações feitas pelo comandante do 24° BPM, Idelfonso Queiroga. Para o coordenador, querer jogar a culpa da insegurança no presídio é uma forma irresponsável de tratar o tema.
“Ele (Comandante) informou que haviam 525 reeducandos, e esses números nos preocupou como Pastoral Carcerária, pois temos acompanhado e em nossa conferência nós temos 458 reeducandos. A fala do comandante foi distorcida, houve uma diferença de 67 reeducandos a mais na fala dele. Sabemos que está superlotado, mas não podemos ver o presidio como um gerador de violência, e sim como um local que reinsira o reeducando na comunidade”, frisou.
“Ele não deveria ter divulgado que o presídio está prestes de uma rebelião”, diz Marivaldo
Foto: TV Jornal (Divulgação)
Ainda em sua fala, Marivaldo Andrade afirmou que o comandante não deveria ter divulgado a informação de que o presídio poderia ter uma rebelião em um momento próximo.
“Isso nos preocupou porque causou uma instabilidade de segurança pública. Familiares nos procuraram em busca de informações preocupados com a possível rebelião informada pelo comandante. E mesmo ele sendo uma figura que tem importância na segurança pública, não deveria divulgar isso, porque é uma questão interna da unidade prisional”, disse.
“Em São Domingos existem pessoas de bem e que merecem respeito”, pontuou

Outra informação levada a público pelo comandante foi sobre a escassez de preocupação dos políticos com o Distrito de São Domingos, onde o mesmo citou que a localidade tem altos índices de criminalidade.
“A Pastoral vê como uma ‘criminalização’ com o Distrito de São Domingos. Lá é um local de pessoas trabalhadoras que merecem respeito, e pessoas de bem moram lá. Fiquei preocupado para não gerar um estigma contra São Domingos da mesma forma como era antes. O que devemos fazer é buscar a união entre os municípios para combater a violência”, finalizou.
Para Marivaldo Andrade, os investimentos em políticas públicas devem ser mais efetivas, gerando dessa forma um ‘pacto’ que vise o fechamento dos presídios, onde as pessoas pudessem ter mais acesso à educação e a outras atividades que excluíssem a violência dos gráficos.

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