Santa Cruz do Capibaribe: Projeto Pará pela Paz encerrará atividades, confirma criador

Ao todo foram 6 anos contabilizados sem crimes de morte, mais de 2.200 dias.

Fotos: Bruno Muniz (Arquivo do blog)

Em contato com o blog na manhã deste sábado (09), o radialista Ailson Oliveira Queiroz (Wilsinho do Pará) esteve comunicando o fim do projeto 'Pará pela Paz' que foi idealizado pelo mesmo em parceria com a comunidade da Vila do Pará, de Santa Cruz do Capibaribe.

Na ocasião, o comunicador se queixa de falta de apoio e suporte para com a iniciativa que não possui fins lucrativos, já que nos últimos dias alguns problemas estruturais estavam dificultando o andamento do projeto comunitário.

''O circuito de monitoramento está funcionando só 30%, ou seja, das 10 câmeras apenas 3 estão funcionando. Estou desestimulado com o projeto, falta apoio também, portanto não farei mais parte deste trabalho'', disse o radialista.

Rádio Pará FM também era utilizada para dar suporte ao projeto comunitário

Recentemente o projeto que conta também com o apoio de uma rádio comunitária foi destaque no blog pela quantidade de dias sem registro de crimes, fato que levou a iniciativa para os principais meios de comunicação televisivos do Agreste.

Vila do Pará: Comunidade de Santa Cruz do Capibaribe bate recordes de segurança — Clique na imagem para ver a matéria completa

No último dia 28 de janeiro, aconteceu na Vila a renovação do projeto em questão, na ocasião estiveram presentes representantes da Polícia Militar que também atuam em parceria com o movimento em prol da paz.

Essa parceria foi de fundamental importância para que a comunidade não apenas diminuísse os seus índices de violência, mas que os reduzissem à zero.

Compromisso de projeto pela paz é renovado na Vila do Pará, em Santa Cruz do Capibaribe — Clique na imagem para ver a matéria completa

Para Ailson, o fim do projeto representa uma perca muito grande para Santa Cruz do Capibaribe como um todo.

''Uma coisa é certa, a Vila do Pará e região vão perder muito. Inclusive o projeto está à disposição para quem quiser se arriscar a assumi-lo, só que eu não volto mais de forma alguma. No mais só tenho a agradecer às autoridades Civil e Militar por esse tempo todo que nos apoiaram, principalmente ao Tenente-Coronel Reinaldo Mesquita, do 24º Batalhão da Polícia Militar (24º BPM), ao Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (BEPI), aos delegados Dr. Júlio César Porto, Antônio Dutra e ao único político que apoiou o projeto, o vereador Dida de Nan (José Raimundo Ramos - PSB)'', concluiu.