Cosmovisão

Bíblia versus Ciência

Como o cristão supõe que a Bíblia é a Palavra de Deus, o mesmo também pressupõe que todo o conteúdo da Escritura também é verídico, ou seja, as narrativas bíblicas estão baseadas em fatos verdadeiros. Isso leva-nos a compreender a distância que existe entre o leitor contemporâneo e o texto bíblico, ou seja, entre o leitor atual e os escritores bíblicos. Essa distância tem nos dias de hoje levado muitos estudiosos a levantarem questões duvidosas e afirmativas acerca da historicidade dos escritos tanto dos profetas como dos apóstolos. O racionalismo, fruto do iluminismo do século XVI enxerga os parâmetros bíblicos com certas dúvidas em relação à sua veracidade e historicidade. Afinal tudo que não passa pelo o critério científico é de fato destituído de crenças. E o racionalismo, como filosofia, tem influenciado de forma abrangente uma desvalorização no que tange no aspecto científico na religião. 

O Cristianismo tem por isso recebido por vários séculos um arsenal de críticas em relação aos seus dogmas. Isso é muito fácil de ser percebido quando observamos uma abrangente pesquisa científica em relação à Escritura. Muito do intelectualismo atual tem, por exemplo, de forma persistente considerado em seu meio a teoria do criacionismo como uma teoria baseada em um livro tendenciosamente religioso. E de fato, a Bíblia é um livro religiosamente cristã, pelo o fato de suas profecias se basearem no Messias, no Cristo salvador do Mundo. Mais, o que quero afirmar, consiste no desinteresse atual de considerar apenas a Escritura como um livro de conto e fábulas religiosas. Não é assim que podemos produzir ciência; a ciência não pode negar a historicidade do texto sagrado. Portanto, a pesquisa científica precisa considerar os fatos bíblicos, não como uma fábula, mais como uma pesquisa que relata uma narrativa histórica e gramatical.

Por: Pr. Tiago Xavier