Famílias de detentos enfrentam dificuldades em dias de visita
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| Foto: Divulgação |
Essa semana o blog teve acesso ao número atual de ocupantes da unidade prisional de Santa Cruz do Capibaribe, inaugurada em julho do ano passado, porém que já conta com uma quantidade de presidiários superior ao que sua capacidade máxima suporta.
No mês em que foi inaugurado, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou em uma entrevista que o 'mini-presídio' seria utilizado em fase experimental, porém logo foram realizadas transferências de outros presídios com o intuito de desafoga-los, estes homens foram encaminhados então para unidade local.
A capacidade do conhecido popularmente como mini-presídio é de até 186 homens, todavia o local acolhe hoje cerca de 260 homens. Com apenas 22 celas que deveriam ser ocupadas por 8 pessoas cada, aproximadamente 11 homens dividem os espaços disponíveis. Apesar da superlotação, o número de novos internos não para de aumentar, uma problemática que já é visível em outros setores da unidade de reabilitação.
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| Em um dia de visita, famílias esperam abertura de portões - Foto: Divulgação |
Em dias de visita, que são realizados aos domingos, familiares de internos que vão até o local enfrentam vários transtornos, o principal deles é que não existe um local adequado até que os portões sejam abertos. Desta forma, muitas pessoas, incluindo idosas, ficam expostas ao sol forte e sem opções de amparo, já que no raio de quase 1 quilometro não existe abrigo com sombra para grandes aglomerações de público.
A espera é sempre longa na parte externa da unidade, fato que obriga muitas mulheres a se utilizarem de matagais nas proximidades para suprirem suas necessidades fisiológicas.
Sensibilizada com a situação de muitas esposas, mães e filhas, a Pastoral Carcerária de Santa Cruz do Capibaribe tem contribuído com a demanda montando tendas solidárias. Nestas tendas, membros da pastoral e voluntários disponibilizam lanches e água para os familiares, uma forma de amenizar o processo desgastante vivido no local.
A solução para superlotação no mini-presídio seria uma Defensoria Pública, esta que deverá dar andamento aos julgamentos de casos, para essa questão duas defensoras já teriam sido nomeadas. O setor em especifico viabilizará muitos processos, como por exemplo, existem casos em que determinado indivíduo foi preso por embriaguez ao volante e não podendo pagar a fiança arbitrada acabou sendo encarcerado.
A ideia é que com o empenho da Defensoria no município, os crimes de menor proporção possam ser revertidos em penas comunitárias, cenário que diminuiria consideravelmente a quantidade de internos no presídio de uma maneira justa e eficaz.



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