Dia “D” para Dilma

Foto: Agência Brasil (Divulgação)
Nesta terça-feira (29), será um dia decisivo no processo de afastamento da Presidenta Dilma Rousseff (PT). A tão falada saída do PMDB da base do governo deverá acontece amanhã. 

O primeiro grande erro do PT e de Dilma foi aceitar a imposição do Presidente do PMDB, Michel Temer, como vice na chapa de reeleição. Na época que estava se pensando na reeleição, o ex-presidente Lula (PT), cogitou um novo vice para chapa de Dilma. Na época Lula sondou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Porém Eduardo não estaria disposto a ser vice com a promessa de ser o candidato de Lula em 2018. Eduardo preferiu arriscar já em 2014, porém a tragédia tirou o jovem e promissor político, prematuramente. 

Na realidade desde que Dilma assumiu o segundo mandato, que o vice Michel Temer, já trabalhava para assumir a cadeira da presidenta. Mesmo o governo cedendo todos os pedidos do PMDB, conseguindo sete ministérios; na Câmara o partido se comportava como oposição. Com o apoio do vice-presidente, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), começou uma batalha para inviabilizar o governo do PT. Foram três meses de desgoverno. Não só pela falta de habilidade política de Dilma, más também por manobras do PMDB em parceria com a oposição, para que o governo não realizasse nenhuma ação importante. 

Há muitos anos que o PMDB consegue se manter como o maior partido do país. Geralmente é o que mais elege políticos, para os mais diversos cargos. Porém a sigla nunca conseguiu construir um projeto e nem um nome para concorrer à Presidência da República. Então, a sigla só conta com esse instrumento para assumir a Palácio do Planalto, ou seja, derrubando a presidente. Já que nas urnas, dificilmente conseguirá vencer uma disputa. 

O que é incoerente é justamente o PMDB, o maior interessado na saída da Presidente, comandar o processo de Impeachment nas duas casas Legislativas. E mais complicado que os presidentes das duas casas estão envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. 

Certamente o governo vem tentando com suas armas, segurar o PMDB teoricamente como aliado, não por sua vontade, mas sim por sua sobrevivência do poder. Porém de acordo com as ultimas movimentações em Brasília, a saída dos Peemedebistas do governo e considerada irreversível. E caso se confirme, será uma antecipação do Impeachment, pois com o vice Michel Temer estará dando o tiro de misericórdia no governo Dilma - Temer.

Por: Marciel Aquino

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