Polícia Civil pernambucana pode entrar em greve antes do carnaval

Foto: Bruno Muniz (Arquivo)
Em nota publicada nesta sexta-feira (29), a Polícia Civil de Pernambuco anunciou uma assembleia marcada para a próxima terça-feira (02), onde decidirá se entra ou não em greve no período de pré-carnaval. O anunciado veio acompanhado de uma série de críticas ao Governo Estadual, que segundo a categoria, não cumpriu com o acordado meses atrás.

No último dia 01 de dezembro do ano passado, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL) havia firmado um acordo com Paulo Câmara (PSB), na ocasião o governador se comprometeu a enviar à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), um projeto contendo um novo plano de carreiras, além de alteração nos salários da categoria de 1,5% para 2%.

Com o projeto em andamento, o mesmo entraria em vigor, segundo as previsões, já em abril deste ano. A categoria se queixa que nada aconteceu desde a firmação do consenso, desta forma, uma nova reunião foi marcada para que novamente uma decisão seja tomada.

Veja a nota completa do SINPOL abaixo:
Por descumprimento de compromisso por parte do Governo, policiais civis farão assembleia e podem decretar greve

Na próxima terça-feira (02/02) o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco) realizará uma assembleia geral para discutir medidas acerca do descumprimento de compromissos firmados por parte do Governo do Estado com a categoria. Apesar de firmar em documento, o governo ainda não publicou no Diário Oficial a formação dos dois grupos de trabalho para reformular o PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos) e para elaborar a Lei Orgânica da Polícia Civil.

Ainda de acordo com os compromissos entre governo e categoria assinado em dezembro de 2015, no início do período legislativo, que compreende o dia 1º de fevereiro, o Governo enviaria um Projeto de Lei reformulando o atual PCCV da Polícia Civil e alterando as faixas de progressão de 1,5% para 2%, que já poderia vigorar em abril de 2016. 'Disseram que iriam esperar a conclusão do primeiro quadrimestre do ano. Não foi isso que firmaram com a gente', denuncia Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol.

Áureo Cisneiros também explica que a diretoria do sindicato procurou a assessoria da Secretaria de Administração durante todo mês de janeiro, mas não obteve nenhuma confirmação sobre a criação dos dois grupos de trabalho. 'Não estamos pedindo favor, queremos a realização de compromissos que o governo assinou com os policiais civis', explica o dirigente.

O Sinpol alerta que os quase 5 mil policiais civis de Pernambuco continuam trabalhando em delegacias com péssimas condições de atendimento, com carga horária excessiva e recebendo o pior salário de policial civil do Brasil. Segundo dados do próximo governo estadual, o efetivo ideal para a polícia civil em 2015 deveria ser de 10 mil policiais na ativa.

'Nenhum Governo assina um termo de compromisso com uma categoria e descumpre em menos de um mês. Não vamos tolerar esse tipo de tratamento. O governo parece que não se preocupa com a segurança pública que é um direito do cidadão', denuncia Áureo.


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