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Luciana Santos, a nova líder do PCdoB


Eleita, ontem, presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos é a segunda mulher, no Brasil, a presidir um partido político. A primeira foi Ivete Vargas, sobrinha-neta do caudilho Getúlio, que conduziu o PTB de 1980 até morrer, em 1984. A gaúcha conseguiu ser presidente depois de muita briga, em especial, com Leonel Brizola, que se proclamava herdeiro do trabalhismo. Como se sabe, Ivete ganhou a disputa. E Leonel fundou o PDT. No caso de Luciana, a legitimidade não foi questionada. Ninguém melhor do que ela representa o partido que nasceu do racha com o antigo PCB, em 1962, e que cairia na clandestinidade na ditadura militar, em 1964. O PCdoB notabilizou-se pelo protagonismo na Guerrilha do Araguaia, a partir de 1970, época em que a baiana Dinalva Conceição de Oliveira Teixeira, a mítica Dina, virou uma lenda pela bravura e perícia com armas. A figura de Dina, certamente, foi inspiração para a pernambucana Luciana.

Durante a ditadura, o PCdoB notabilizou-se, principalmente, pelo protagonismo na Guerrilha do Araguaia, instalada a partir de 1970

Desafios mais amenos
Os desafios a serem enfrentados por Luciana são mais amenos do que os da correligionária, que morreu sob tortura. Mas a comunista também tem problemas reais. O menor deles será transitar entre o apoio ao PT, no plano nacional, e ao PSB, no estadual. Isso ela já tira de letra. Mas, em outros casos, vai precisar ter jogo de cintura.

Olinda - Pré-candidata à Prefeitura de Olinda, na sucessão de Renildo Calheiros, no poder há oito anos, é preciso saber como Luciana se comportará frente à candidatura do socialista Antônio Campos, que decidiu, por todos os meios, antecipar a disputa eleitoral.

Recife - Resta saber como ela ficará, caso o PSB resolva preterir o vice-prefeito Luciano Siqueira, numa eventual nova composição de chapa para a reeleição de Geraldo, em 2016, com o PSDB.

Do: Blog da Folha

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