Assembleia do Sintepe reuniu 2 mil trabalhadores em educação de Pernambuco, nesta quinta, no Clube Português (Foto: Vitor Tavares / G1) |
Em nota divulgada à noite, a Secretaria de Educação de Pernambuco disse lamentar "a decisão tomada pela categoria de profissionais da educação em assembleia, nesta quinta-feira (21), em não aprovar proposta construída mediante diálogo na mesa de negociação. Decisão esta que prejudica a educação, os estudantes e suas famílias".No dia 29, a categoria se reúne novamente para decidir os rumos do movimento grevista, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco. De acordo com Fernando Melo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação em Pernambuco (Sintepe), desde a suspensão do movimento, no último dia 4 de maio, foram realizadas duas reuniões com representantes do governo para tratar da questão salarial.
"A proposta fica distante do que pedimos, do que é direito. Vamos engrossar a nossa luta", disse. Cerca de 2 mil professores participaram da assembleia nesta quinta, realizada no Clube Português.A proposta salarial do governo de Pernambuco leva em consideração a elevação de faixas profissionais dentro do plano de cargos e carreira, segundo o Sintepe. Foram propostas três elevações, o que corresponde a 2% cada, além de retroagir para janeiro o aumento de 0,84% concedido em abril.
A última rodada de negociação entre categoria e governo aconteceu na noite de quarta (20). De acordo com o Sintepe, além do reajuste, o governo propôs abrir concurso de 3 mil vagas ainda em 2015; gratificação para professores que trabalham em presídios aplicada a partir de outubro; além de aumentar em 60% o valor do vale-refeição apenas para professores que cumprem carga de 200 horas-aula e para servidores administrativos com jornada de 8h diárias.
Os professores vaiaram o valor oferecido e foram vestidos com uma camisa que dizia "100%; prometeu, cumpra", em referência à promessa de campanha do governador Paulo Câmara, para os quatro anos de governo. O Sintepe diz que, para que esse percentual seja cumprido, tem que ser dado um reajuste de pelo menos 19% ao ano.
Alguns alunos da rede estadual de ensino compareceram ao Clube Português, em apoio aos professores. Os estudantes Jemerson Tiago, Adryel Freitas e Alex Vinicius saíram do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, para defender os professores. "Acreditamos que a luta não é só deles, mas de toda a educação", destacou Adryel. A primeira paralisação dos professores aconteceu de 10 de abril a 4 de maio.
Do: G1