Nutrição e Saúde Integral: Com Helder Viegas - ''Mudando de vida''.

Depoimento real: ''Desistiu da cirurgia de estômago e conseguiu seu sonho.''

Hoje traremos um depoimento de mudança de vida extraordinário, leia até o final e saiba que nós seres humanos, com algumas exceções patológicas, podemos alcançar nossos sonhos pela força de vontade e garra. 

"Aline Ferreti é gaúcha. E se define como "inquieta por natureza, viciada em Bis branco e Coca Zero". Aos 34 anos, pesando 62 quilos e medindo 1,66 metros de altura, a jornalista esbanja boa forma e atitude. Mas nem sempre foi assim. Há apenas três anos, ela pesava 117 quilos, estava com a auto-estima baixa e com uma cirurgia bariátrica marcada. Apesar de relutar um pouco, tinha optado pelo procedimento que aceleraria a perda de peso.

— Minha cirurgia estava marcada para o dia 31 de março de 2008. E eu ficava me perguntando se era isso que eu queria para mim. Passaria por um procedimento arriscado e que não é uma garantia concreta de mudanças, pois muitos voltam a engordar depois, já que não adquirem novos hábitos de vida. Decidi que não era o meu estômago que precisava de uma cirurgia. Era o meu cérebro. No dia da operação, liguei para a equipe médica e os dispensei. Naquela hora, começou a reeducação alimentar que mudaria minha vida — lembra, orgulhosa.

Casada desde cedo, Aline teve a primeira filha aos 19 anos. Durante a gestação engordou 33 quilos. Aos 21 anos, ela teve o segundo filho e chegou aos 90 quilos. Em seguida, ela começa a trabalhar pela primeira vez.

— Eu tinha um defeito. Me punha sempre em segundo plano. Era mãe dedicada, profissional competente e reconhecida. O tempo foi passando e eu fui ganhando mais peso e fingindo que nada estava acontecendo. Não me dava conta de que precisava cuidar de mim mesma. Eu era aquele tipo de gordo que não acha que é gordo. Houve épocas em que eu preferia não me enxergar — afirma, lembrando que por um longo período parou de se olhar no espelho, não permitia que a fotografassem e mentia o peso quando era indagada.

Aline conta que, no entanto, saiba que precisava emagrecer e por isso recorreu a todas as possibilidades, inclusive a "dietas absurdas" onde parava de comer determinados grupos de alimentos para acelerar a perda de peso.

— Essas dietas não se sustentam, pois a pessoa não consegue ficar muito tempo sem comer. E não tem jeito. Não há mágicas. Independente do que se faça, a pessoa precisa estar emocionalmente motivada e preparada — aconselha.

Na busca por novas alternativas, Aline leu livros, passou por spas e por diversos consultórios, inclusive psiquiátricos e psicológicos.

— Meu desespero era tão grande que eu tomava qualquer coisa que me dessem. Inclusive tomei um remédio que era indicado para psicóticos e que tem como efeito colateral a anorexia. Ele me deixava completamente dopada e sem ação — conta.

Nada disso, porém, solucionou o problema e uma novidade no mercado seduziu Aline: a cirurgia bariátrica, que prometia uma perda de peso de forma mais ágil a partir de um procedimento que diminui o tamanho do estômago do paciente.

— Corri para o consultório médico. Participei de palestras, fiz as entrevistas necessárias com o psicólogo e com o nutricionista. Tudo certo, paguei a primeira parte da cirurgia, que seria particular. Mas, então, comecei a investigar qual era o procedimento pelo qual passaria. E, definitivamente, eu não queria aquilo para mim — recorda. 

Quando as coisas começaram a mudar:

Aline lembra que para desistir da cirurgia fez um pacto consigo mesma. Primeiro, não contaria para os conhecidos que não tinha feito o procedimento e também não faria mais dietas. Iria em busca de uma reeducação alimentar que lhe desse, além da perda de peso, mais saúde, disposição e auto-estima.

— Eu ia para a cozinha como uma alcoólatra e chorava, tremia como se passasse por crises de abstinência. Mas eu precisava perseverar e espalhei espelhos por toda a casa. Comprei uma balança, que até hoje é uma grande amiga, e comecei a me pesar todos os dias — revela.

Como estava muito acima do peso, Aline preferiu não ir para a academia. Montou uma em sua própria em casa e começou a malhar todos os dias, além de fazer sessões de massagens para diminuir as medidas. Dentro de sete meses, prazo para a cirurgia mostrar seus resultados, as mudanças no corpo de Aline eram perceptíveis por todos, sem que para isso ela tenha precisado passar por qualquer procedimento médico.

— Me pesar diariamente é essencial. Foi só assim que comecei a entender as mudanças e as nuances do meu corpo. Foi com ajuda da minha amiga balança que passei a amar e respeitar o meu corpo — afirma, bem-humorada.

Ela conta que antes da reeducação alimentar, seu manequim era 54 e que calçava 38. Hoje, seu manequim é 38 e seus sapatos oscilam entre o 35 e o 36.

— Meu sonho era um dia poder entrar na Renner e comprar um jeans 44. Não sei nem descrever a emoção que senti no dia que pude fazer isso. Naquela hora, eu vi que tudo valia a pena.

Após chegar ao manequim 44, Aline decidiu que era hora de passar por uma plástica. Investiu os R$ 18 mil que pagaria pela bariátrica em outro procedimento que a deixou muito mais satisfeita com o resultado. E se antes a compulsão era comer, hoje seu "vício" é outro.

— Atualmente minha coleção de biquínis tem quase 50 peças. Recentemente estive em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, comprei vários modelos e desfilei eles por lá mesmo — afirma.

Desde o começo, ela conta com o apoio incondicional dos filhos, que também estavam um pouco acima do peso e entraram com ela na dieta. Hoje, os três frequentam a mesma academia e a comida servida na casa é a mesma para todos. No entanto, a decisão de Aline de revolucionar o próprio estilo de vida mexeu com o esposo, que no início gostou da decisão de desistir da cirurgia, mas ficou um pouco inseguro quando ela começou o regime e temeu perdê-la depois que ela estivesse em forma.

— Eu o amo. Ele é perfeito. Ele foi meu companheiro fiel nessa jornada. Antigamente, eu tinha vergonha das calcinhas "pandorga" que precisava usar. Hoje posso usar uma peça mais ousada e me sentir bem, bonita e nossa relação está mais forte que nunca — conta.  

Ela após toda esta jornada partilha de suas experiências com outras pessoas que passam pelo mesmo problema e chega a trocar de dezenas de e-mails com seus leitores, promovendo encontros pessoais e organizando grupos de caminhadas motivacionais no Parque da Redenção, em Porto Alegre." (Fonte: Reportagem de Vander Correa, Jornal ZN-RS, 2011).

Com este depoimento vemos que o 1º passo da mudança está em nós, é a nossa decisão interna, nossa fé e força para mudar o rumo de nossa saúde e de nossa vida. Próxima semana, mais novidades. Dúvidas enviem-nos e-mails e entrem em contato. Até a próxima semana,


Helder Viegas
Nutricionista CRN6 10289

Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica e Ambulatorial

Atende na Clínica Sant’Anna, em Sta Cruz do Capibaribe (3731-4267)

Contato e dúvidas: helderviegas1@hotmail.com

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