Lula e Dilma em Pernambuco.


























Em longo discurso, cheio de tiradas bem-humoradas e que prendeu a atenção da plateia do início ao fim, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) roubou a cena no comício que reuniu a chapa da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, o próprio líder mor petista e a presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília Teimosa, na noite desta quinta-feira (4). A organização disse que esperava 20 mil pessoas e o espaço ficou cheio.

Entre histórias, homenagens e pedidos de voto para Armando Monteiro Neto (PTB) e Dilma, o ex-presidente deu o seu recado, afirmando que nunca Pernambuco recebeu tanto dinheiro do Governo Federal como nos últimos anos.
“Nunca antes na história do Brasil, Pernambuco recebeu tanto dinheiro do Governo Federal, como nesses últimos 12 anos. Nós não mandamos dinheiro para o Estado por simpatizar com o governador, mas por gostar do povo”, discursou o ex-presidente, sem citar o nome do ex-governador Eduardo Campos.

O ex-presidente dedicou momentos da sua fala para fazer homenagens, como à ex-presidente da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Coelho e ao ex-ministro Armando Monteiro Filho, pai do candidato do PTB ao Governo.
Assim como outros que discursaram, Lula mirou na candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, e criticou a “nova política” defendida por ela e seus aliados.

“Muita gente criticou quando escolhi Dilma (para disputar a Presidência), porque nunca tinha sido vereadora nem senadora. Agora, Alguns falam em nova política. E essa pessoa (Marina) já foi vereadora, senadora. Essa nova política quem representa é Dilma”, provocou o petista.

O ex-presidente também lembrou do processo que levou à escolha de Dilma para disputar a sua sucessão. “Sabíamos que a crise ia chegar no País, por isso que eu precisa escolher alguém que conduzisse o Brasil como se fosse uma mãe de 200 milhões de brasileiro”, explicou o petista, acrescentando que nunca cogitou em disputar um outro mandato. “Eu disse que não tinha que ter terceiro mandato. Porque democracia é bom que se respeite. Se eu fizesse o terceiro, alguém iria querer fazer um quarto, quinto e iria virar ditadura”.
Dilma
Durante seu discurso, a presidente Dilma Rousseff lembrou de algumas obras realizadas no Estado com recursos do Governo Federal e ironizou aqueles que se apropriam das intervenções. “Eu quero vir aqui para ver a Adutora do Pajeú na sua segunda fase, porque a primeira eu já fiz. Tem muita gente com cara de pau por aí. Que quer tomar conta das obras do São Francisco”, disse a majoritária.

Sem citar nomes, a líder petista repudiou os seus adversários de não “darem importância” a exploração do pré-sal. “Aqueles que falam do pré-sal. Que tratam o pré-sal como não estratégico para o crescimento. Quem é contra o pré-sal é contra os estaleiros. Não quer que o país mude, não quer privilegiar a educação, não quer que pague melhor os professores”, criticou.

No comício, Armando nega divisão na aliança


























O candidato do Governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe, senador Armando Monteiro Neto (PTB), procurou afastar os rumores de divisão na aliança entre PTB e PT no Estado. Durante o seu discurso no comício que reuniu os integrantes da sua chapa, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, Armando rebateu os boatos.

“Quero dizer que não existe a turma do PT e a do PTB. Temos que conseguir juntos a vitória de Dilma e Armando. Portanto, temos que sair juntos”, afirmou Armando, sendo aplaudido pela militância presente.

Armando destacou que, enquanto “lá fora”, a crise econômica provocou desemprego, no Brasil “garantimos empregos e asseguramos muitas conquistas”. “Por isso não existe um projeto de Dilma e de Armando. Existe só um projeto. Quem vota em Armando vota em Dilma e vice-versa.”

O candidato do PTB aproveitou para criticar indiretamente a comoção provocada pela morte do ex-governador Eduardo Campos. “Pernambuco tem a compreensão que tem que reverenciar a memória de muitos. Mas tem que seguir em frente”.

Mais críticas

Assim como Armando, o candidato ao Senado pela Coligação Pernambuco Vai Mais Longe também criticou um eventual uso eleitoral da morte do ex-governador na campanha. “Quero dizer que dessa batalha onde se pensou utilizar uma tragédia para reverter em benefício eleitoral, nós o reconhecemos, pois caminhamos juntos por muito tempo. Mas o nosso projeto é o de Dilma”, afirmou.

Em discurso, João lembrou o tempo em que foi prefeito do Recife e das mudanças em Brasília Teimosa com a requalificação do local. “Quando eu assumi o Recife e estava no segundo ano de governo, Lula assumiu a Presidência. Ele me ligou e disse ‘João Paulo, escolha uma área do Recife para dar dignidade ao povo e tirar o povo da miséria’. Nós escolhemos Brasília Teimosa e foi a primeira visita de Lula com seu ministério inteiro. Aqui virou símbolo do que seriam oito anos de seu governo e os quatro de Dilma”, afirmou.

Ele ainda disse que Lula viu Brasília Teimosa com palafitas, ratos e baratas. “E agora é um lugar valorizado”. João Paulo afirmou também que Pernambuco sempre foi discriminado, mas que com o ex-presidente Lula o Estado começou a viver seu melhor momento, citando a Refinaria Abreu e Lima, a Transnordestina e o Minha Casa, Minha Vida.

“Por mais que não tenham dado crédito a Dilma e Lula pelas obras que fizeram, nós temos reconhecimento total do que eles representaram. Muitos acharam que o PT não ia se unificar. A nossa tradição de pastoris tem o cordão azul e o cordão vermelho. Vamos juntar o azul e o encarnado”, discursou.




Fonte: Blog da Folha.

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