Com a morte de Eduardo Campos, ocorrido no último dia 13 de agosto, em
um trágico acidente aéreo, a política de Pernambuco fica órfã. Eduardo
conseguiu em pouco tempo, grandes vitórias, conseguindo assim se tornar o líder
absoluto no estado. Muito esperto,
articulador e carismático, viu um grande espaço, deixado pelas brigas internas
do PT. Eduardo ganhou admiração no estado e no Brasil por ter conseguido vencer
o candidato petista e o candidato do então governador Jarbas Vasconcelos.
Depois derrotou o próprio Jarbas com 83% dos votos.
Ainda se beneficiando dos erros dos petistas, Eduardo conseguiu em 2012
eleger o "poste" Geraldo Júlio, vencendo o senador Humberto Costa, o
deputado e ex-prefeito João Paulo, Dilma e Lula. Com essa vitória Campos,
ganhou grande destaque nacional. Claro que ele não conquistou isso sozinho, seu
padrinho político foi sem dúvida o ex-presidente Lula, que em seus mandatos,
sempre tratou Pernambuco como prioridade e com a influência de Lula, conseguiu
emplacar sua mãe, a deputada mais bem votada em Pernambuco, Ana Arraes ao posto
de Ministra do TCU.
Com tantas arrasadoras vitórias, Eduardo conseguiu atrair quase todos os
partidos e também os maiores líderes políticos para sua base aliada, deixando
seu governo sem oposição. Chegou a ser
sondado para possível vice de Dilma ou citado como candidato de Lula em 2018.
Porém Campos já estava grande demais para ficar esperando por decisões de
terceiros. Ele tinha pressa e começou a articular sua candidatura para
Presidente e teve grande reforço quando conseguiu aos 45 min do segundo tempo,
atrair Marina para seu partido.
Tudo caminhava para o nascimento de um grande líder nacional, que
poderia substituir Lula. Eduardo tinha tudo para crescer na disputa pelo
Planalto, e se não chegasse esse ano, se tornaria o candidato favorito em 2018.
Más o trágico acidente, tirou o sonho de um grande político e com ele a
esperança de algo novo na política. Da maneira como tudo aconteceu, tanto com a
adesão de possíveis substitutos, a
escolha de pessoas ligadas e subordinadas e ele, ocorreu o que nem Eduardo nem
povo pernambucano esperava. O estado fica sem um líder, e já começam a busca
por um novo líder, que venha comandar a grande Frente Popular e também todo o
povo pernambucano.
Se o escolhido de Eduardo fosse um político experiente, com capital
político próprio, essa pessoa poderia naturalmente ocupar essa vácuo, deixado
precocemente por Eduardo. Fala-se no atual governador João Lyra ou o escolhido
por Campos, o candidato Paulo Câmara. Porém não será fácil para ninguém, até
porque a presença do ex-governador vai se arrastar por um bom tempo e qualquer
um irá ficar com medo de brigar pela vaga de Eduardo.
O próprio Armando
Monteiro, que foi por muito tempo aliado e até então não se sentia à vontade
em fazer oposição a Eduardo e numa possível vitória de Dilma, o petebista
poderia ocupar a liderança no estado. Câmara também se conseguir vencer a
eleição e ter o apoio da ampla coligação de partidos e também conseguir fazer um bom governo poderá ser
ocupar o espaço deixado pelo ex-governador, Eduardo Campos.
- Por: Marciel Aquino.

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