Do ponto de vista nacional,
a eleição para presidente tinha Dilma (PT) como favorita para comandar a país
por mais quatro anos, mas hoje, faltando 2 meses para eleição, o quadro de
favoritismo mudou um pouco. Tanto na opinião do eleitorado, como dos analistas
políticos.
A imagem de Dilma e seu governo já não vinham muito bem, deu uma
ligeira melhorada, embalada pelo sucesso na organização da Copa e também pelo
desempenho da Seleção Brasileira. Mas com aquele trágico 7 X 1, a imagem de
Dilma caiu, coisa que não tem nada haver, mas a população por ignorância, acaba
associando o fato. Querer associar o mal desempenho da Seleção ao presidente do
país é muita manipulação política oposicionista, ou ignorância mesmo.
Mas para equilibrar a
disputa, a campanha de Aécio Neves (PSDB), que vinha em fase de pequeno
crescimento, se depara com alguns fatores negativos, como o caso do aeroporto,
construído em seu governo, em Minas Gerais. E estão surgindo mais denúncias, ou
seja, a campanha tende a esquentar na reta final. Além de tudo isso, o tucano
terá um tempo de propaganda na televisão bem inferior ao da petista, ou seja,
menos tempo para convencer o eleitorado.
Já o candidato Eduardo
Campos (PSB), ainda não muito conhecido a nível nacional, não conseguiu passar
de um dígito na preferência do eleitorado e nem sequer chegou ao percentual de
sua vice Marina Silva, na eleição passada, A grande dúvida é se ela vai
conseguir transferir os mais de 19% que obteve em 2010. O neto de Arraes ainda
enfrenta problemas em alguns estados, onde ficou sem palanque forte. Mas sempre
falei desta possibilidade de Eduardo ser candidato, que se ele chagasse ao
segundo turno, tem mais chances de vencer o PT. Vejo que Aécio poderá ter o percentual
de Serra, que é a votação do eleitorado que não vota no PT. Já Eduardo poderia
pegar os votos do eleitor que não aprova Dilma, os que preferiam Lula como
candidato petista e também o voto dos tucanos. Então Eduardo poderia repetir o
feito de 2006, onde venceu o candidato petista, Humberto Costa e o candidato de
Jarbas, Mendonça Filho. Observando o cenário nacional, não dá para ter certeza,
quem será o novo presidente.
Se a nível nacional a
eleição está indefinida, aqui em Pernambuco também não é diferente. O candidato
de oposição Armando Monteiro (PTB), tem uma larga vantagem, em relação ao
candidato governista Paulo Câmara (PSB), porém o número de indecisos é grande,
chegando a casa dos 50%, o que pode alterar o quadro atual. A principal
dificuldade de Câmara é a experiência, além do fato de ser desconhecido pelo
eleitorado, ainda não empolgou como político. Portando, como já aconteceu em
eleições passadas, se daqui a um mês, Paulo não crescer significativamente e
Armando se aproximar dos 50%, vai começar a debandada de prefeitos e políticos
para o palanque de oposição.
Já partindo para política
local, temos Diogo Moraes, que como já era de se esperar reina absoluto na
capital da moda. Moraes tem como principal cabo eleitoral, o prefeito Edson
Vieira, que desfruta de uma grande aprovação em seu governo e tende a fazer de
Diogo, majoritário na cidade. Além disso, a divisão e desorganização da
oposição, beneficia o deputado, que entre os quatro candidatos da cidade, é o
que tem mais chance de se eleger. O vice prefeito que tem uma candidatura que
contraria o prefeito, faz uma campanha apagada, típica de terceira via. Ernesto,
que além de dividir o voto taboquinha com Toinho, ainda enfrenta dificuldades com
a justiça eleitoral, por não poder utilizar a imagem de Armando a quem apoia, pois
suas legendas apoiam Paulo Câmara.
- Marciel Aquino.

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