Política Para Todos: Por Marciel Aquino - ''Balanço geral das Eleições 2014''.

Do ponto de vista nacional, a eleição para presidente tinha Dilma (PT) como favorita para comandar a país por mais quatro anos, mas hoje, faltando 2 meses para eleição, o quadro de favoritismo mudou um pouco. Tanto na opinião do eleitorado, como dos analistas políticos. 

A imagem de Dilma e seu governo já não vinham muito bem, deu uma ligeira melhorada, embalada pelo sucesso na organização da Copa e também pelo desempenho da Seleção Brasileira. Mas com aquele trágico 7 X 1, a imagem de Dilma caiu, coisa que não tem nada haver, mas a população por ignorância, acaba associando o fato. Querer associar o mal desempenho da Seleção ao presidente do país é muita manipulação política oposicionista, ou ignorância mesmo.        

Mas para equilibrar a disputa, a campanha de Aécio Neves (PSDB), que vinha em fase de pequeno crescimento, se depara com alguns fatores negativos, como o caso do aeroporto, construído em seu governo, em Minas Gerais. E estão surgindo mais denúncias, ou seja, a campanha tende a esquentar na reta final. Além de tudo isso, o tucano terá um tempo de propaganda na televisão bem inferior ao da petista, ou seja, menos tempo para convencer o eleitorado.  
      
Já o candidato Eduardo Campos (PSB), ainda não muito conhecido a nível nacional, não conseguiu passar de um dígito na preferência do eleitorado e nem sequer chegou ao percentual de sua vice Marina Silva, na eleição passada, A grande dúvida é se ela vai conseguir transferir os mais de 19% que obteve em 2010. O neto de Arraes ainda enfrenta problemas em alguns estados, onde ficou sem palanque forte. Mas sempre falei desta possibilidade de Eduardo ser candidato, que se ele chagasse ao segundo turno, tem mais chances de vencer o PT. Vejo que Aécio poderá ter o percentual de Serra, que é a votação do eleitorado que não vota no PT. Já Eduardo poderia pegar os votos do eleitor que não aprova Dilma, os que preferiam Lula como candidato petista e também o voto dos tucanos. Então Eduardo poderia repetir o feito de 2006, onde venceu o candidato petista, Humberto Costa e o candidato de Jarbas, Mendonça Filho. Observando o cenário nacional, não dá para ter certeza, quem será o novo presidente.

Se a nível nacional a eleição está indefinida, aqui em Pernambuco também não é diferente. O candidato de oposição Armando Monteiro (PTB), tem uma larga vantagem, em relação ao candidato governista Paulo Câmara (PSB), porém o número de indecisos é grande, chegando a casa dos 50%, o que pode alterar o quadro atual. A principal dificuldade de Câmara é a experiência, além do fato de ser desconhecido pelo eleitorado, ainda não empolgou como político. Portando, como já aconteceu em eleições passadas, se daqui a um mês, Paulo não crescer significativamente e Armando se aproximar dos 50%, vai começar a debandada de prefeitos e políticos para o palanque de oposição.  
                 

Já partindo para política local, temos Diogo Moraes, que como já era de se esperar reina absoluto na capital da moda. Moraes tem como principal cabo eleitoral, o prefeito Edson Vieira, que desfruta de uma grande aprovação em seu governo e tende a fazer de Diogo, majoritário na cidade. Além disso, a divisão e desorganização da oposição, beneficia o deputado, que entre os quatro candidatos da cidade, é o que tem mais chance de se eleger. O vice prefeito que tem uma candidatura que contraria o prefeito, faz uma campanha apagada, típica de terceira via. Ernesto, que além de dividir o voto taboquinha com Toinho, ainda enfrenta dificuldades com a justiça eleitoral, por não poder utilizar a imagem de Armando a quem apoia, pois suas legendas apoiam Paulo Câmara.




 - Marciel Aquino.

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