Política para todos: Por Marciel Aquino - Coronelismo x Voto de Cabresto.

Não sei ainda quais serão as propostas para educação, por parte dos dois principais candidatos ao governo de Pernambuco. Porém ambos os candidatos e também seus aliados, vêm contribuindo para as aulas de História do Brasil.

Do lado do candidato do governo, o Paulo Câmara e seus aliados, tentam rotular seu adversário, o empresário e senador Armando Monteiro, de Coronel, tentando taxar o petebista de senhor e patrão, como uma forma de passar uma imagem negativa, na maioria do eleitorado, que é formado pela classe trabalhadora. De acordo com a história, o termo coronel no período republicano significava chefe político de um determinado local que geralmente era dono de terras ou comerciante. Da forma com que prestavam serviços ao Poder Executivo, os coronéis ganhavam prestígio e força. Mas isso não significa que sejam características do candidato, pelo fato do mesmo ser um bem sucedido empresário, e representar muito bem este segmento. Temos que analisar o seu perfil, quanto deputado federal e senador. Ver quais foram seus projetos e se votou contra o trabalhador e não apenas votar pela manipulação, baseado no discurso do adversário. Hoje com a internet, podemos pesquisar a trajetória dos políticos, para não sermos manipulados.

Já o candidato de oposição, Armando Monteiro e seus aliados tentam desqualificar o candidato governista como despreparado, pelo fato do mesmo ser desconhecido e nunca de disputado uma eleição. Também pelo fato do candidato Paulo Câmara ter sido escolhido pelo ex-governador Eduardo Campos, que abriu mão de nomes já conhecidos, como por exemplo, o ex-ministro Fernando Bezerra, o próprio Armando, que era aliado do governador, o ex-deputado Maurício Rads, entre outros. Para impor um nome, que assim como a prefeito do Recife, Geraldo Júlio, era desconhecido e no caso de vitória, os méritos vão para o padrinho. Pois virou moda, eleger como se falam, um “poste”. Neste caso, os adversários tentam classificar como o “voto de cabresto. 

voto de cabresto foi um termo utilizado nos anos iniciais da República que tinha o controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. Era um mecanismo muito recorrente na classe mais pobre do Brasil como característica do coronelismo. Isso pelo simples fato do nome escolhido pelo governador, ser desconhecido e terão que utilizar toda estrutura do governo para equilibrar a disputa e tentar eleger seu candidato.

Vejam que o Coronelismo e o Voto de Cabresto fazem parte de um mesmo sistema. Um estava ligado ao outro. Assim como os dois candidatos, até pouco tempo, faziam parte de um mesmo grupo. Armando foi eleito com a ajuda de Eduardo Campos, e Paulo Câmara era Secretário no governo de Eduardo. Por isso, que não devemos votar nos baseando nos ataques do adversário, pois o aliado de hoje, é o adversário de amanha e vice versa.


 - Marciel Aquino.

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