É comum os políticos utilizarem
as eleições deputados, não com foco no mandato, mas para mostrar força no grupo
a que pertence ou para se carimbar como candidato a prefeito dois anos depois.
Em Santa Cruz do Capibaribe,
confirmando os nomes que se colocaram como pré-candidato para deputados
estaduais, teremos o maior número de nomes para deputados filhos da terra.
Vamos fazer uma análise do que está por trás de cada candidatura.
Começando pelo grupo de oposição,
que tem os nomes do vereador Ernesto Maia e do ex-prefeito Toinho do Pará. Com
a ida de Zé Augusto para Brasília, se distanciando um pouco da política local,
o sobrinho Ernesto Maia, vem trabalhando para se fortalecer e assumir o papel
de líder na ala taboquinha. Vem ocupando grandes espaços, na cidade e região,
porém não tem a experiência nem o carisma de seu tio. Para Ernesto a eleição
será uma boa experiência para mostrar sua força no grupo e quem sabe ter seu
nome para disputar a prefeitura em 2016. Resta saber se uma possível dobradinha
entre tio e sobrinho, Ernesto teria alguma prioridade dentro do grupo?
Já o ex-prefeito Toinho do Pará,
que foi rifado pelo próprio grupo, e teve que abrir mão da reeleição para Zé,
ver na eleição para deputado uma oportunidade de recuperar seu espaço no grupo
taboquinha e ter um mandato de volta. Porém Toinho deixou a prefeitura com um
índice muito alto de rejeição. Mas para está levando está candidatura em
frente, deve ter apoios em algumas cidades, onde seu irmão, o empresário Tão
Figueroa, tenha influência. Porém, se não tiver uma boa votação na cidade,
poderá ser seu adeus da ala taboquinha ou a política de Santa Cruz. Pois vamos
esperar para ver quem será carimbado de candidato taboquinha.
Mas de todas, a mais polêmica é
sem dúvidas a do vice-prefeito e ex-secretário de Educação Dimas Dantas, isto
porque, sinaliza para um rompimento político entre prefeito e vice, pois existe
uma candidatura natural, apoiada pelo prefeito Edson e seu grupo político, a do
Deputado Diogo Moraes, que pelo que tudo indica, terá o apoio de todo grupo de
situação. Dimas que foi do grupo do prefeito saiu para o grupo taboquinha, com
esperança de ser candidato do grupo, como não teve espaço, pois como contava
com o apoio de Toinho e esse não estava fazendo uma boa administração, saiu do
grupo taboquinha e com isso conseguiu a vaga de vice na chapa de Edson Vieira.
Dimas sem dúvida era um bom nome, por sua firmeza, bom discurso e sabia as
fragilidades de seu adversário, mas não o vejo com perfil de vice, como
coadjuvante. Minha opinião é a de muitos entendedores de política, o rompimento
era previsível. Mesmo que não consiga se eleger para deputado estadual, mas se
tiver uma expressiva votação e junto com seu deputado federal Eduardo da Fonte,
se não for abraçado pelo grupo de situação, Dimas terá força para disputar a
prefeitura em 2016.
Das quatro candidaturas em nossa
cidade, a reeleição do então deputado Diogo Moraes, é a mais natural, pois tem
o apoio do prefeito e dos vereadores. Este se pretende disputar a prefeitura de
Santa Cruz, isso só deve acontecer em 2020, com a saída de Edson Vieira. Mas
dependendo de sua votação este ano, em 2018, poderá concorrer a uma vaga para
federal, deixando a vaga de prefeito, para o preterido de Vieira.
- Marciel Aquino

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