Reprodução de escorpiões aumenta em agosto e Secretaria de Saúde de Pernambuco alerta para cuidados redobrados

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Com a chegada do mês de agosto, cresce a preocupação com o aumento na reprodução de escorpiões em Pernambuco. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o estado registra, em média, 45 casos diários de picadas, número que tende a crescer nos próximos meses devido às condições climáticas favoráveis ao ciclo reprodutivo desses animais.

De acordo com Francisco Duarte, coordenador de Zoonoses da SES-PE, a alternância entre dias chuvosos e ensolarados, comum entre agosto e setembro, favorece a proliferação de baratas, principal fonte de alimento dos escorpiões, o que contribui diretamente para o aumento da presença dos aracnídeos.

“Durante esses dois meses, acontece o aumento da reprodução dos escorpiões por causa da alternância de chuva e sol, que faz com que as baratas saiam mais do esgoto para se alimentar. As baratas são os principais alimentos dos escorpiões. Com esse aumento de baratas fora dos esgotos, os escorpiões se alimentam e aproveitam para se reproduzir,” explicou o coordenador.

Somente em 2025, Pernambuco já contabilizou 9.477 casos de ferroadas por escorpiões, o que representa uma média mensal de 1.353 ocorrências. Caso essa tendência se mantenha, o estado poderá ultrapassar 16 mil registros até o fim do ano, superando os índices de 2024 (15.815 casos) e 2023 (15.703 casos).

A SES-PE atribui parte do problema à ausência de medidas preventivas no ambiente doméstico e à precariedade do saneamento básico. “A proliferação dos escorpiões depende muito dos cuidados domésticos da população e do nosso saneamento ambiental. Isso porque, se conseguirmos tapar nossos ralos, evitar entulhos de construções, capinar áreas ao redor de nossas casas, podemos evitar essa quantidade de casos,” ressaltou Francisco Duarte.

A espécie mais comum no estado é o Tityus stigmurus, considerada de alta periculosidade, especialmente para crianças e idosos, que possuem menor resistência imunológica e, por isso, estão mais vulneráveis às complicações provocadas pelo veneno.