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Foto: Divulgação |
Sob a liderança nacional de Marconi Perillo, o PSDB enfrenta um momento delicado. A sigla, que já foi protagonista nos principais cargos do país, agora corre o risco de não alcançar a cláusula de barreira nas eleições de 2026 o que pode comprometer seu acesso a recursos do fundo partidário e ao tempo de televisão. Atualmente, o partido conta com 13 deputados federais distribuídos em apenas 8 estados, quando o mínimo exigido será de 13 parlamentares em pelo menos 9 unidades da Federação ou 2,5% dos votos válidos nacionais.
Mesmo em desvantagem numérica frente ao Podemos que possui 15 deputados federais e 4 senadores, contra 13 deputados e 3 senadores do PSDB, os tucanos vêm propondo uma divisão de governança que lhes garantiria maior controle da nova estrutura partidária, sugerindo uma proporção de 60% para si. A proposta, entretanto, foi contraposta pelo Podemos, que ofereceu um modelo de 55% para seus quadros.
A Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995) prevê tanto a fusão quanto a incorporação de legendas. Enquanto a fusão pressupõe a criação de um novo partido a partir da união entre dois, a incorporação ocorre quando uma legenda é absorvida por outra. O PSDB nega que esteja em processo de incorporação o que implicaria sua extinção formal, mas convocou convenção para alterar seu estatuto, um dos passos exigidos por esse tipo de procedimento.
A situação atual do PSDB marca um contraste agudo com seu passado político. Outrora força dominante em estados estratégicos como São Paulo, a sigla agora tenta evitar a perda de relevância por meio de alianças que garantam sua sobrevivência institucional. Resta saber se as lideranças tucanas conseguirão superar divergências internas e resistências para concretizar o acordo e manter viva a legenda que já foi protagonista da política nacional.
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