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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou o lançamento do Programa Bolsa Futuro Digital, uma iniciativa voltada para a formação gratuita de novos programadores nas áreas de Front-end e Back-end. O projeto é destinado a jovens e adultos sem experiência prévia em tecnologia da informação, mas com interesse em ingressar na área.
Com meta de capacitar 10 mil profissionais em dois anos, o programa inicia com 5 mil vagas distribuídas em 12 estados e no Distrito Federal, com prioridade para estudantes da rede pública de ensino. A segunda etapa do programa, prevista para ocorrer seis meses depois, abrirá mais 5 mil vagas. As inscrições estão abertas até 30 de maio e podem ser realizadas por meio do link oficial: https://bolsafuturo.mctic.gov.br/
Como funciona o curso
Com duração total de nove meses, o curso será dividido em duas etapas:
Primeira etapa (seis meses):
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Aulas presenciais e remotas;
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Bolsa mensal de R$ 100 nos três primeiros meses;
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Bolsa mensal de R$ 200 nos três meses seguintes.
Segunda etapa (três meses) – chamada de residência tecnológica:
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Alunos com melhor desempenho farão capacitação em empresas parceiras;
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Aplicação de conhecimentos em desafios reais;
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Bolsa mensal de R$ 600.
Requisitos para participação
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Ter 18 anos completos até o fim do curso;
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Ter ensino médio concluído (ou concluir até o término do curso);
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Ter estudado integralmente em escola pública ou com bolsa integral na rede privada;
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Ter acesso à internet para atividades complementares.
Inclusão e diversidade
Durante o lançamento, a ministra Luciana Santos destacou o papel do programa na redução do déficit de profissionais no setor de tecnologia, estimado em mais de 24 mil por ano, segundo dados da Brasscom. A ministra também ressaltou o incentivo à inclusão de mulheres na área tecnológica, afirmando que “ao não valorizar talentos femininos, o país perde a diversidade de olhares que enriquecem sua produção científica”.
Investimento e impacto
O Programa Bolsa Futuro Digital tem um orçamento de R$ 54,5 milhões, provenientes do PPI da Lei de Informática. Além de oferecer qualificação gratuita, a iniciativa proporciona ajuda de custo aos estudantes, promovendo o acesso de populações historicamente excluídas ao mercado tecnológico — um setor com salários até três vezes superiores à média nacional.
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