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Foto: Divulgação |
O caso ocorreu no Distrito Federal. Segundo familiares, Sarah estava aos cuidados do avô enquanto os pais trabalhavam. A tragédia teve início quando ela se recolheu ao quarto com o celular nas mãos. "O avô pensou que ela iria dormir. Quando o pai chegou do trabalho e foi vê-la, ela estava roxa na cama. Ao lado, havia uma embalagem de desodorante e o celular exibia o vídeo do desafio", relatou uma parente próxima.
A família acionou imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A criança foi encaminhada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) com quadro de parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços médicos e das manobras de reanimação, que duraram cerca de uma hora, Sarah não apresentou sinais neurológicos. A morte cerebral foi constatada ainda na quarta-feira, mas o óbito foi oficialmente declarado no domingo (13).
Um boletim de ocorrência foi registrado na 15ª Delegacia de Polícia de Ceilândia, que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do ocorrido, incluindo como a criança teve acesso ao conteúdo e quem seria o responsável pela publicação do vídeo.
De acordo com o delegado João Ataliba, caso seja comprovada negligência grave ou dolo por parte do criador ou disseminador do conteúdo, o responsável poderá responder por homicídio duplamente qualificado, por meio que representa perigo comum e por ter sido praticado contra menor de 14 anos – crime cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão.
A tragédia de Sarah não é um caso isolado. Em Bom Jardim (PE), no Agreste pernambucano, a menina Brenda Sophia Melo de Santana, de 11 anos, faleceu em março deste ano sob as mesmas circunstâncias. Em 2018, Adrielly Gonçalves, de 7 anos, também morreu após participar do desafio, em São Bernardo do Campo (SP).
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