Segundo o MPT, o valor pleiteado inclui R$ 300 mil em verbas salariais e rescisórias, além da regularização da carteira de trabalho da vítima entre os anos de 2016 e 2025. A ação também requer o pagamento de R$ 1 milhão por danos morais individuais à vítima e mais R$ 2 milhões por danos morais coletivos, a serem revertidos em benefício da sociedade.
De acordo com as investigações, os acusados — um contador, um administrador e um professor — formavam um trisal e aliciavam vítimas da comunidade LGBT+ em situação de vulnerabilidade, oferecendo moradia, alimentação e promessas de estudos em troca de trabalho. No entanto, os vínculos eram marcados por violência física, psicológica e sexual. A vítima, que é homossexual, foi forçada inclusive a tatuar as iniciais de dois dos patrões nas costelas, como símbolo de posse.
Além do homem, uma mulher transexual e de nacionalidade uruguaia também foi submetida a condições semelhantes por seis meses.
O Auditor Fiscal do Trabalho, Humberto Monteiro Camasmie, explicou que a indenização por dano moral individual será destinada diretamente à vítima, enquanto a reparação coletiva visa ações de impacto social na região onde o crime ocorreu.
Os suspeitos estão detidos na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba (MG), e respondem pelo crime de tráfico de pessoas com fins de exploração de trabalho em condições análogas à escravidão.
A Justiça do Trabalho ainda analisará os pedidos do MPT, e o caso segue em investigação pelas autoridades competentes.
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