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Foto: Divulgação/Compesa |
Pernambuco volta a enfrentar uma grave crise hídrica, com 18 reservatórios, incluindo o estratégico Jucazinho, em estado de pré-colapso. Segundo dados atualizados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), esses mananciais estão operando, em média, com menos de 10% de sua capacidade de armazenamento.
Atualmente, 19,35% da capacidade total do estado encontra-se nessa situação crítica. Outros 11,83% dos reservatórios estão em condição de alerta, operando com volumes entre 10% e 30%.
O impacto no abastecimento de água é severo, especialmente no Agreste e no Sertão, onde a dependência desses mananciais é maior. O colapso de Jucazinho afeta diretamente municípios como Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Surubim, que já enfrentam rodízios rigorosos e risco iminente de desabastecimento.
A Apac disponibiliza, por meio do Sistema de Informações de Recursos Hídricos (SIRH), um painel interativo com dados atualizados sobre os níveis dos reservatórios, permitindo à população monitorar a situação em tempo real.
A prolongada falta de chuvas no estado agravou o cenário, levando 95 municípios a terem a situação de emergência reconhecida oficialmente pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) até esta quinta-feira (24).
Com o reconhecimento federal, as prefeituras podem solicitar apoio financeiro para ações emergenciais de enfrentamento da seca, por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Os recursos, após análise técnica da Defesa Civil Nacional, são destinados a medidas como abastecimento de água, distribuição de cestas básicas, recuperação de reservatórios e apoio humanitário.
Para ter acesso aos recursos, os municípios devem seguir um protocolo que inclui a emissão de um decreto municipal e o envio da documentação completa ao MIDR, detalhando os danos provocados e as ações propostas.
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